"O Campo Ainda Vive": Produtor de Ribeirão Cascalheira relata superação e esperança no agro após anos de crise; Veja vídeo: 3e6ns
QUERÊNCIA - Durante o encontro “Café da Manhã com Produtores Rurais”, realizado nesta quarta-feira, 7 de maio de 2025, em Querência (MT), o agropecuarista Marcos Andrade, morador de Ribeirão Cascalheira, compartilhou um retrato claro e contundente da realidade do campo e da retomada de confiança entre os trabalhadores rurais da região.
Segundo Andrade, a colheita de aproximadamente 122 mil hectares de soja foi concluída recentemente em Ribeirão Cascalheira. A expectativa agora recai sobre o milho e o gergelim, que devem ocupar, cada um, cerca de 60 mil hectares. O restante das áreas está sendo utilizado para culturas de cobertura. O produtor também projeta uma recuperação no mercado da soja entre julho e agosto deste ano, após três anos consecutivos de baixa nos preços.
No setor pecuário, os sinais de recuperação já são visíveis. “Estamos saindo de um ciclo de baixa que durou 40 meses. Agora, voltamos a ver preço justo no bezerro, na vaca gorda e no boi gordo”, relatou Andrade. Atualmente, os bezerros são comercializados entre R$ 12,50 e R$ 13,00 por arroba, vacas gordas entre R$ 290 e R$ 295,00, com o boi projetado para alcançar R$ 315,00. A expectativa é que a arroba chegue a R$ 380,00 até o final do ano.
Marcos também comentou os impactos da crise recente, que forçou muitos pequenos produtores a deixarem suas terras, cedendo espaço para vizinhos ou migrando para a agricultura. Hoje, Ribeirão Cascalheira contabiliza cerca de 1.113 produtores e um rebanho estimado em 360 mil cabeças de gado, com predominância da atividade de cria nas mãos dos pequenos, geralmente com até 450 matrizes por propriedade.
O futuro, segundo ele, depende da capacidade de adaptação. “Quem quiser permanecer no campo precisa integrar: lavoura, pecuária, fruticultura... só uma atividade sozinha não sustenta mais ninguém”, afirmou durante a conversa com outros produtores.
Apesar do cenário de retomada, o produtor criticou a burocracia e os entraves impostos pelos órgãos ambientais. Ele relatou que até mesmo ações básicas, como a reforma de um pasto, exigem licenciamento, o que pesa no bolso e no tempo do produtor. “Às vezes não temos nem para o óleo diesel, mas precisamos parar tudo para lidar com exigências que vêm de quem nunca produziu nada”, desabafou.
Ainda assim, a fé e a resiliência seguem firmes. Para Marcos Andrade, o agro brasileiro, mesmo sob pressão, continua de pé. “Nossa missão é produzir. E com trabalho e fé, até o fim da década, vamos vencer os desafios que colocam no nosso caminho.”
VEJA VÍDEO:
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