16 CHINA_TIBET 2015 - Diário de Viagem – Chegada Pequim e Praça Celestial 3s5i5v
Depois de 3 dias e 2 noites no trem, dormindo numa cabine minúscula, com 6 camas, 3 de cada lado, num lado dormiram o Alexandre, Eduardo e Pedrinho, no outro eu e mais um casal de chineses, que não falam uma só palavra em Inglês, até um pedido de desculpas (sorry) soava estranho para eles, no meu caso e do Pedrinho, cama do meio, não conseguíamos sentar, pois a cabeça ficava dobrada, então ficávamos o tempo todo no corredor ou sentados na cama de baixo, estamos cansados.
Os meus olhos inchados, os ouvidos fechados e um pouco de sangue no nariz revelam que meu corpo sentiu a viagem. Começo a pensar que Transiberiana, viagem de trem de aproximadamente 20 dias não seria tão divertida como tenho imaginado. Dizem que a viagem de ida de Pequim para Lhasa é bem pior que o retorno. Acontecem sangramentos no nariz, dores de cabeça, etc., por causa da subida brusca. Fico imaginando, que deve ser bem difícil, considerando como me sinto no momento.
No trem, como já descrevi no relato anterior, fora nós 4, só tem chineses. Não encontramos um só chinês que falasse inglês, nem os atendentes do trem entendem o que falamos, tudo é por gesto. Por exemplo, para saber quanto tempo de parada do trem, pedia para o funcionário me mostrar no relógio. Para comprar cervejas, precisei comprar 1, abrir, cheirar, entender que era cerveja, daí comprar mais 3 para os outros, porque a escrita era toda em Chinês e os atendentes nas estações não entendiam o que estava pedindo.
Os chineses no trem nos olham com curiosidade, nitidamente com vontade de conversar, mas como? Eles ficam nos acompanhando com o olhar, se mostrando sempre disponíveis para ajudar por meio de gestos, ou por meio de uma ou outra palavra em inglês que um ou outro conhecia.
Então, fora o cansaço e algumas dificuldades, a viagem de 42 horas, ando por 4.015 km, subindo de quase 4.000 metros de altitude para mais de 5.000 metros e depois descendo para pouco acima do nível do mar, em Pequim, foi uma experiência incrível e de muitos aprendizados, de visões belíssimas, principalmente das partes congeladas do caminho, do desenvolvimento da China e das dificuldades com o solo pobre no caminho, o que nos leva diversas vezes a lembrar do solo abençoado do Brasil e do nosso potencial, caso tenhamos um governo forte como a China tem. Um governo que de comunista percebi pouco, mas as coisas andam quando o governo quer, por exemplo, o governo Chinês tem uma bronca com o Google, ninguém pode ar e acabou. Primeiro a coletividade e depois a invidualidade. Se é bom para o País o cidadão precisa se adaptar.
Nesse momento devemos estar nos aproximando de Beijing, considerando que o céu está encoberto por uma densa poluição, o que me faz lembrar da beleza das estrelas nos céus de Brasília, coisas que temos e que as vezes nem agradecemos. A entrada de Pequim tem muitas plantações e muitos galpões. O solo é seco e aparentemente pobre, precisando de irrigação para produzir.
Realmente estou muito grato promessa experiência e pela forma legal com que tudo aconteceu, ninguém de nós ficou com a saúde debilitada, não usamos os remédios que levamos, todos estão dispostos, conversando no trem mostrando que cada um tirou o melhor da viagem e experimentou as experiências que cada um precisava experimentar nesta viagem. Agora só estando Pequim, posso dizer que já ganhamos várias viagens nesta única viagem. Foram experiências únicas em vários momentos, com aprendizados que só podem ser conquistados numa aventura como está.
Na chegada na estação em Beijing, muitos chineses nos abordam no caminho para tomar um táxi oferecendo transporte, o que normalmente é uma fria, seguimos firme e vamos pegar um táxi onde todos aguardam por um. Pequim, na saída da estação de trem é bem engarrafada, mas logo começa a andar. Algumas dificuldades com o taxista porque não entendeu minha tradução que fiz no Google para o Chinês, mas ele liga para o hotel e consegue achar o Dragão King Hostal.
Chegamos no hostal, banhos e depois nos informamos sobre os eios na recepção e como ficamos no meio das estações de metrô, fica fácil para nós locomover e vamos primeiro conhecer a Praça do Céu.
Logo que saímos nos deparamos com uns chumacinhos que parecem com algodão muito fino, mas está em todo lugar que andamos, até dentro do metrô. Já tínhamos observando durante a vinda de táxi da estação de trem. Mas agora esses chumacinhos começam a entrar nos olhos, nariz, boca... Vão irritando olhos e nariz. Começamos a teorizar, eu penso que é de alguma árvore que deve ter muito aqui, os outros acham que é poluição. Depois de algum tempo um guarda fala algo que entendemos que é poluição mesmo e finalmente compreendemos que realmente é poluição.
Na Praça do céu tudo é muito grande, difícil até de se localizar no mapa. A entrada ficou uns R$ 18,00 e ganhamos autorização para 4 palácios. Fomos em todos e apesar da beleza e detalhes de mandalas e museu com objetos antigos, não me Impressiono muito, talvez o cansaço de dois dias de viagem de trem tenham tirado o apetite de conhecer. Mas de qualquer forma, tudo é bonito e grandioso como deve ter sido a dinastia Ming. Pena que não assisti o filme "O Último Imperador" antes da viagem. Teria ajudado a entender melhor.
Saímos do parque por volta das 17:00 horas e vamos comprar uma mala. Experiência única. Entramos numa feira que parece um shopping, mas o que impressiona é a forma agressiva que os vendedores agem. Tudo começa com preço de 100 e pode chegar 20 ou 30, proporcionalmente. Mas quando você pergunta o preço eles não querem deixar você sair de maneira nenhuma. Agarram você pelo braço, puxam, gritam com você é meio constrangedor.
Encerramos o dia no barzinho do hostal, onde servem comidas que conhecemos e sem pimenta. Foi um dia bastante carregado, mas valeu a pena.
Elton Iappe
15/04/2015
15 CHINA_TIBET 2015 - Diário de Viagem – Viagem de trem 4 mil km 6fv5i
Hoje acaba nosso prazo de permanência no Tibet e nossa volta é por meio do trem que liga Lhasa a Beijing, cerca de 4 mil km, 42 horas de viagem ando por meio de paisagens incríveis segundo relatos que vi na internet, vídeos e também conforme comentários no Lonely Planet.
A partida será a 15:30 horas, mas levantamos tarde, arrumamos as coisas e praticamente não fazemos nada. O almoçamos e já é hora de nos deslocarmos para a estação de trem. O Lopsang, o nosso guia, já que para ir ao Tibet somente se tiver um guia responsável, nos acompanhou e ajudou em tudo que fosse possível até que os ticket de embarque estivessem nas nossas mãos. Cada um ajuda um pouco e damos para ele $200,00, cerca de R$ 100,00, a título de gorjeta.
Entramos no trem e só vejo nós de ocidentais, o resto são só chineses e mais chineses. Na nossa cabine tem mais um casal de chineses de uns 60 anos. As camas são melhores do que ir sentado em um banco, mas é bem apertado, no entanto, como não tem jeito todos se ajeitam e a viagem começa.
O trem começa a subir e subir e as paisagens vão ficando cada vez mais inóspitas, sendo que já eram em Lhasa, onde os lábios racham de tão seco que é. A paisagem começa a ficar com cada vez mais nevada e chega o momento em que tudo fica branco, alguns iaques pastando uma ou outra cidadezinha, algumas pessoas... O mais impressionante, se é que tudo já não seja impressionante, são os lagos congelados.
Os lagos ficam parcialmente congelados e algumas partes o gelo quebram e os pedaços sobressaem a superfície do lago formando uma visão espetacular, quando conjugado com o fundo de montanhas nevadas e algumas partes de terra totalmente cobertas por neve. Vou postar algumas fotos mas não acredito que consigam transmitir a beleza.
As cabines com 6 camas cada é bem apertado mas para dormir tudo bem. O problema que preciso pendurar as coisas acima da minha cama, mas fica meio incômodo. Tudo bem. Acho que vai dar tudo certo. Amanheceu. Dormi muito bem e como todo mundo está animado é sinal que ninguém teve problemas para dormir nas camas super compactas do trem.
O ambiente externo mudou. Agora as paisagens congeladas foram substituídas por vegetação ralinha, acinzentada, com montanhas parcialmente cobertas com de neve e mais na frente de terra. O formato das montanhas revela que chuva por aqui é desconhecida e assim é o vento que dá tão do formato das montanhas. Alguns filetes de água de desgelo, um ou outro lago... Pense num lugar desoladamente belo.
No caminho, ladeando a estrada de ferro começamos a ver alguns peregrinos, no ritual de: “ficar de pé, bater as mãos sobre a cabeça, se jogar de frente, levantar, dar 3 os e repetir o movimento”. Eles fazem isso por kms, numa procissão de penitência interminável. Eles costumam fazer isso em torno de lugares considerados sagrados, como o palácio de Potala, a cidade de Lhasa, monastérios, templos e onde mais que alguém fala que é sagrado, aliais tem muita sacralidade por aqui, tais como montanhas, rios, lagos, prédios, cidades...
Meio dia, tinha lido no guia turístico que devia levar coisas para comer porque a comida seria ruim. Pedimos um prato estava bom, daí fomos para o restaurante e pedimos frango com molho e arroz que veio sem pimenta, adicionado sal a gosto ficou uma delícia. O Alexandre pediu camarão que veio com pepino cozido e arroz. Também gostou muito. Então, contrapondo o guia a comida é boa.
amos pela cidade Lanzhouxi, capital da Província de Gansu, a várias horas já estamos discutindo sobre as obras impressionantes e dá a impressão que tudo está em obras, mas nessa cidade é que ficamos, como diz o ditado, de boca aberta com a quantidade de prédios em construção, todos com certeza com mais de 30 andares. Além disso são muitas obras de estradas de rodagem e de ferro. A cidade é imensa.
amos ainda por campos de geração de energia eólica, com muitas, mas muitas turbinas, muitas construções e muita terra desolada, onde pequenas plantações são desenvolvidas em áreas entre as montanhas. São pequenas rocinhas que eu acho que devem aproveitar o desgelo do período de inverno para plantar alguma coisa.
Enfim, o País é desenvolvimento a cada km desses 4.018 km que andamos, mas a carência de terras férteis nos acompanharam o caminho todo, em especial na Mongólia, onde as terras são na verdade grandes desertos.
Um resumo do que vimos: a China é impressionante.
Elton Iappe
13 e 14/04/2015
14 CHINA_TIBET 2015 - Diário de Viagem – Tibet - Parque e Lago Namtso 394j35
Hoje levantamos cedo, 6:00 horas da manhã, as sete horas saímos para o Parque Nacional Namtso, onde tem o lago Namtso a uma altitude de 5.120 metros. Trata-se do lago de água salgada mais alto do mundo. Interessante perguntar como a água do mar foi para a altitude dessas? Tem alguns vídeos do History Channel, que teorizam sobre o que pode ter acontecido.
O lago, segundo o nosso Guia está congelado, mas que não se pode andar sobre o gelo porque ele seria muito fino e poderia rachar e adeus caminhante, considerando que o lago seria muito fundo. Como é muito alto e o frio seria algo baixo de zero, pense numa quantidade de roupas que usamos. Até os movimentos ficaram até meio limitados.
O caminho por si só é de uma beleza diferente, com pequenos filetes de neve descendo das montanhas, um rio que corre margeando a estrada, em vários pontos o gelo cobre o rio que corre por baixo e aparece em outros pontos. Paramos umas quatro vezes para tirar fotos, mas a vontade era de parar mais vezes, mas o frio limitou o nosso desejo.
Chegamos num mirante do lago, parte mais alta 5.190 metros de altitude. Belas fotos das montanhas parcialmente cobertas com neve e do lago, que aparentemente não parece congelado, pois dá para ver as ondas. Ficamos um pouco por ali e depois embarcamos na Van e vamos até a vilinha em frente ao lago, dali o nosso Guia disse que poderíamos ficar sozinhos. Antes nos explica sobre os comerciantes e a insistência deles em vender e lá vamos nós.
O lago realmente está congelado e o que pareciam ondas eram na verdade água congelada que dá a impressão que a onda congelou. Na beira do lago tem iaques, uma espécie de boi, mas mais pequeno e bem mais peludo e esses eram de uma espécie branca, muito bonita. Montamos para algumas fotos. Mas como diz, que iaque o quê? Os chineses pedem a toda hora para tirar fotos com nós. Acho que devem ser de uma espécie rara por aqui, já que todos os que encontramos até agora eram pretos.
As fotos ficaram belíssimas e esse lago também é algo que ainda não tinha visto. Tiramos fotos literalmente caminhado sobre as águas... Congeladas, mas caminhei. Muitas experiências que temos tido nesta viagem realmente são únicas.
Como saímos muito cedo e no local só tem comida chinesa e como expliquei, tão apimentada que dá problemas, como por exemplo um pouco diarreia e gases em excesso, compro um copo de massa, água quente e o almoço está servido. O Eduardo e o Alexandre preferem se manter apenas com chocolate, uma maçã e água.
Agora é bater 240 km de volta para Lhasa. Mais uma chance de observar as belas paisagens do caminho. Eu dormir? Nem pensar! Faço isso quando chegar em casa. Mas tem horas na viagem que eu acho que sou só eu que estou acordado, porque o motorista tem olhos tão puxados que até parecem que estão fechados, mas como o carro continua na estrada, então é eu e ele acordados na Van
A volta a Van vai quase andando em marcha lenta, porque o controle de velocidade é feito por meio de paradas em postos fiscais que colocam carimbo com horário, e daí ele precisa de tanto tempo para chegar no outro posto, se acelerar muito ele precisa parar e esperar. A fome bateu antes da chegada, ou seja, alguns aram fome mesmo.
Elton Iappe
12/04/2015
13 CHINA_TIBET 2015 - Diário de Viagem – Tibet – Monastérios de Drepung e Sera g2v
O café no hostal tem torradas, um chá preto, mas que eles pensam que é chá verde e que eu misturo com leite e fica parecendo um tchai indiano, ovos fritos e algumas comidas chinesas ou nepalesas que não caem bem no paladar dos ocidentais. Alguns restaurantes que conhecem os nossos hábitos conseguem entender “que existe gente no mundo que não gosta de pimenta” e outros que você pode explicar exaustivamente e eles trazem o prato com ainda mais pimenta.
O que realmente impressiona a cada momento é a vontade de dizer um oi, um olá, uma abanada de mão e quando correspondemos eles saem dando risadinhas e conversando. A forma como nos tratam faz me sentir algo como um astro famosíssimo, aquela pessoa que todo mundo quer chegar perto, receber um olhar, uma palavra... Eles realmente são muito amáveis e não se percebe maldade da parte deles. Nosso guia disse que a 10 anos atrás eram ainda mais amáveis, mas que as pessoas mudaram muito nos últimos anos.
No templo que vamos hoje já haviam cerca de 10 mil monges, mas que hoje não am de 500. Para ser monge hoje precisa de uma autorização governamental e que bem difícil de se obter. Antigamente as famílias decidiam e a pessoa entrava por vontade própria e normalmente era aceito.
Nove horas em ponto nosso guia nos espera no saguão, acabamos de comer e saímos. Nos espera uma Van porque o monastério fica longe. Chegamos a local, aparentemente é igual ao que visitamos ontem, subimos tiramos algumas fotos internas, visitamos a cozinha do monastério que realmente é impressionante pelo tamanho das as, a posição dos utensílios que obedecem uma ordem perfeita e o que se pode chamar de fogão, que de tão grande que é os monges caminham sobre ele.
Depois entramos para o salão principal, onde os monges estão entoando um mantra, cerca de uns 50 monges, o guia explica que esse mantra que estão entoando é um mantra simples, mas não entendi porque naquele dia era simples. Algumas pessoas am entre os monges e deixam dinheiro no colo deles que depois eles pegam e guardam. É bem mágico e a mistura de sons que eu não sei descrever segue por um longo tempo, mas nosso tempo se acaba e precisamos ir para o almoço, porque a tarde vamos a outro mosteiro, mas o mantra continua.
Esta viagem está muito completa e mesmo que tivesse pensado em tudo ainda assim não seria tão perfeita. amos por Hong Kong onde a modernidade impera, depois fomos para uma cidade menor, mais desorganizada e menos rica, depois Chengdu onde organização e a riqueza estão em cada olhar, depois uma cidade turística – Jiuzhaigou, onde experimentados neve e paisagens belíssimas, depois Xi'an, onde a história da China se revela por meio dos Guerreiros de Terracota, agora estamos num lugar onde a tradição dá as cartas, os monges, templos com mais de 1.300 anos, deserto e tudo mais. Aventura perfeita! Qualquer coisa é lucro e nem chegamos ainda a Beijing, que por si só é uma viagem, tanto pela história como pelas belezas do local.
Viajar é assim sempre, uma surpresa a cada dia, hoje quando estava participando da cerimônia dos monges, pensei para mim mesmo, por mais que eu tivesse imaginado, não poderia imaginar uma aventura mais completa que essa.
Detalhe interessante sobre Lhasa, raros os lugares onde preciso usar batom de cacau, mas aqui, neste clima de deserto, onde o pouco de umidade que tem vira gelo, as coisas ficaram sérias, preciso tomar cuidado pois estão começando a rachar, mesmo usando o batom de cacau.
Depois do almoço vamos visitar mais um monastério – Monastério de Sera, mas como já disse, se visitou um, os outros se parecem, os mesmos Budas as mesmas histórias e assim por diante. Este de diferente tinha um Buda Cavalo que ajuda quando as crianças não dormem, eles trazem até esse Buda e logo, tinham muitas crianças no local. Eu e o Alexandre resolvemos subir a montanha que tinha atrás do monastério. Foi bem legal. Alguns meninos e meninas pediram para tirar fotos com nós e foi aquela festa com fotos para todos lados e muitas risadinhas, pois não sabem uma só palavra em inglês.
Interessante são os açougues daqui, a carne de iaque fica exposta de manhã até de noite e eles cortam os pedaços sobre trocos de madeira. Meio estranho, também que esses locais são sempre bastante sujos.
Achamos alguns restaurantes por aqui que servem comidas ocidentais, tipo pizza, massas, etc, é claro que feijão e arroz da maneira que conhecemos não existe por aqui e o arroz que servem vem sempre sem sal.
Abraços a todos e sem Gmail não estou conseguindo responder aos comentários, mas depois leio todos. Só para relembrar, aqui na China, qualquer produto Google não abre, por restrição governamental.
Elton Iappe
11/04/1015
12 CHINA_TIBET 2015 - Diário de Viagem – Tibet - Potala Palace e Templo Jokhang s5tj
Hoje é o grande dia. Tivemos o maior trabalho para obter o Visto para o Tibet e estamos embarcando. Por precaução levantamos muito cedo (4:30 horas), precisamos estar no aeroporto às 6:30 horas. Chegamos no aeroporto, check in e vamos tomar café, demoramos um pouco e quando chegamos na entrada da área de embarque estava lotada de chineses e eles vão entrando na frente sem cerimônias, atrasando nossa agem. Quando chegamos ao portão de embarque, faltava quase só nós embarcar. Mas deu tudo certo.
Finalmente pisamos pela primeira vez no Tibet. O aeroporto não é muito grande e não está tão frio assim. Na saída vemos a placa com o nome do Eduardo. O cara acena e mostra 4 com os dedos, faço sinal de positivo, chego me apresento ele se apresenta e depois entrega uma manta de presente que no Tibet significa paz e vida longa. Coloca em nossos pescoços como sinal de boas vidas as terras Tibetanas.
Nosso guia nos explica um monte de coisas e ficamos o dia livre para aclimatar, tomando muita água e sem fazer muito esforço físico, também recomenda que não banhemos hoje, pois causaria muito frio e teríamos dificuldade para dormir. Obedecemos tudo conforme recomendado pelo Lobsang, nosso guia no Tibet.
Amanhece o dia e nosso guia vem nos pegar para irmos primeiro ao Palácio Potala, que fica bem perto de onde estamos hospedados. O palácio fica no alto de uma montanha e requer certo esforço para alcançar o topo, considerando uma grande escadaria até o topo.
Esse Palácio começou a ser construído a mais de 1.300 anos atrás pelo Imperador do Tibet e era o centro istrativo do Império. Depois de algumas gerações de imperadores que governavam, foram substituídos pelo Lama que era o professor e que ou a representar o Tibet, tanto istrativa quanto religiosamente, assim os cargos aram a ser exercidos pela mesma pessoa. E depois do 11º. Lama e da invasão do Tibet pela China, ocorreu exílio do Dalai Lama, que atualmente vive na Índia e desde então o Tibet ou a ser uma província da China.
É um momento especial, entrar num Palácio e ver algo que foi construído mil 1.300 antes do descobrimento do Brasil é meio difícil de imaginar. O Potala não é muito bonito, mas é original, com exceção de algumas restaurações, os pilares ainda são de madeira e algumas pinturas são do período da construção.
Vamos subindo a escadaria e parando para dar pequenos descansos, pois a altitude faz você ficar ofegante a cada 10 os. Na subida observados a espessura das paredes que em alguns casos chega a 4,5 metros. Na praça principal tiramos as últimas fotos, porque depois que armos a porta de entrada é sem fotos e o guia inclusive pede para guardar as máquinas e também os bonés.
Subimos uma escada bem íngreme de uma 10 lances e estamos dentro do palácio. Todo original não ganha em beleza, mas ganha em riqueza, pois observar como as coisas eram feitas naquele tempo é muito interessante e considerando que era feito por para o um Imperador poderoso, era a melhor tecnologia de construção da época. Subimos outro lance e as coisas conexão a ficar confusas e difíceis de explicar.
Mas entramos primeiro na sala onde o Lama recebia as pessoas para audiências. Depois amos por inúmeras salas, onde pode se observar inúmeros Budas, uma tinha 3 mil Budas em diferentes posições, eram da coleção particular do Imperador e vieram de vários países como China, Índia, Nepal. Também amos por salas onde as tumbas dos Lamas estão expostas. Alguns dos sarcófagos são ricamente decorados, incluindo um que tem mais de 3 kg de ouro. Cada um dos sarcófagos é diferente, tanto na decoração como no formato e tamanho.
Nas diversas salas tem sempre velas queimando em óleo e algumas têm incenso, além de gente, muita gente. Esses ambientes vão me deixando meio tonto e não consigo mais prestar muita atenção ao guia, também é uma gama de informações muito grande e novas e vão
ficando confusas, além do fato de estar me sentindo meio aéreo, com muitos pensamentos se perdendo sem nexo.
Tudo foi muito mágico, aprendi muito sobre Buda, lamas e outros santos e agora tenho ainda mais dúvidas finque tinha antes. A complexidade é muito maior do que o cristianismo por exemplo. Valeu a pena esse esforçou-se chegar aqui.
À tarde vamos para o Templo Jokhang. O Palácio Potala era o Centro istrativo e o Templo Jokhang era o centro religioso do Tibet. O templo é muito bonito, mas como foi quase todo danificando durante a invasão chinesa em 1959, muita coisa foi substituída. É muito bonito e com muita energia boa e impressiona pela fé que desperta nos tibetanos. Em redor do templo, existe um círculo muito grande onde os tibetanos circulam com dois objetos, um se parece com um rosário e o outro, algo que parece com um maraca. Eles vão circulando o Templo, girando o maracá e rezando o terço e são milhares, num fluxo contínuo. Tem uns que se deitam e levantam, configurando, acho, uma penitência. A fé desse povo também é algo que impressiona.
Tudo que eu esperava ver nesses templos eu vi e senti. Foi como imaginei e sonhei, mas não consigo expressar tudo que aconteceu comigo neste dia, mas me sinto absolutamente feliz e realizado.
Elton Iappe
09 e 10/04/2015
11 CHINA_TIBET 2015 - Diário de Viagem – Xi'an Guerreiros de Terracota 1l761
Ontem chegamos cedo em Xi’an, mas o clima tipo Guerreiros Terracota do hotel nos levou a tomar umas cervejas e a noite se estendeu até umas 02:00 horas da manhã. Hoje amanhecemos correndo porque tínhamos contratado um pacote parra visitar a Tumba do Imperador Qin, o Museu terracota e uma fábrica com terracota.
Saímos as 9:00 horas, tem um casal de alemães. Nós nos apresentamos e seguimos para o eio. No grupo se integram o pessoal de outra VAN, duas argentinas, dois ingleses e dois Dinamarqueses. No caminho amos por vários locais. Xi'an, sendo uma cidade muito antiga, não é tão bonito como Chengdu e também não é tão organizada. Conseguimos ver em algumas áreas casebres mais pobres, mas nada que pareça muito pobre. Aliais, nesses dias todos andando a China, confesso que ainda não vi gente muito pobre e os pobres que vimos são poucos.
Também não senti insegurança e são muito solicitamos e ficam muito felizes quando ajudamos, como por exemplo ajudar com um carrinho de bebê numa escada, entre outros. Gostam de conversar e tem costumes e hábitos tão próximos dos nossos que começo a me sentir em casa. As mulheres estão no mercado de trabalho no mesmo nível dos homens, ou seja, não existe qualquer tipo de discriminação e elas, mais do que os homens pedem para tirar fotos, tentam conversar e se comunicam, ou seja, falam muito. Porque será? Brincadeirinha.
Primeiro vamos até a fábrica. No local pode se encontrar muitos tipos de trabalhos, principalmente ligados a reprodução de réplicas dos guerreiros Terracota. Mas tem muita coisa. Um chinês que faz desenhos escreve o meu nome "Iappe" em chinês. Ficou muito legal. Para compensar comprei uma gravura feita por ele, R$ 50,00. O Pedrinho que ganhou um desenho dele também compra. Realmente são belas pinturas.
Tiramos fotos com dragões, gravuras, guerreiros e outros artesanatos, tudo com uma riqueza de detalhes impressionante.
Concluímos a visita e nos dirigimos em direção ao museu. O museu é, segundo o guia, junto com a pirâmide duas das maravilhas do mundo moderno. Realmente é impressionante. Como pode o Imperador Qin, que unificou a China, tenha construído milhares de guerreiros, ricamente adornados, com cores e tudo mais e depois enterrou eles para que acompanhassem ele na sua viagem para o mundo espiritual, Além disso a esposa e suas concubinas foram mortas e enterradas com ele, também os arquitetos que construíram as edificações, todos para acompanhá-lo rumo ao outro mundo.
Depois fomos para o almoço que estava incluído no pacote. O almoço mesmo sendo comida chinesa estava uma delícia, penso que foi porque o local é frequentado por turistas e assim tinha menos pimenta na comida. Almoço terminado vamos para a tumba do Imperador Qin e foi muito estranho, porque chegamos lá, o guia explicou sobre o Imperador por uns 10 minutos e depois deu mais 5 minutos para as fotos e vamos para casa. A tumba estaria fechada nos últimos 200 anos e os últimos que entraram teriam morrido. Então porque estava no roteiro? Mico. Sempre acontece.
Voltamos para o hostal e depois saímos para conhecer as redondezas. A parte central é uma Times Square da China. Inacreditável! As marcas mais famosas e caras do mundo desfilam por aqui. Me dá um nó na cabeça? A China não é um País comunista? Então como se explica isso? Se isso é comunismo, eu também sou comunista. Pelas aparências a China é um País mais capitalista quero muitos que conheci é muito mais que o Brasil. Andar por essas ruas é como andar nas ruas dos melhores Países do mundo que conheci. A segurança impressiona. O que mais se vê é IPhones e outros aparelhos caríssimos, livremente andando nas mãos das pessoas para cá e para lá sem qualquer risco.
Subimos na muralha da cidade e ficamos caminhando um bom tempo. Essa muralha cercava toda a cidade antiga de Xi’an, uns 14 km de perímetro. Ela tem uns 10 metros de largura e 12 metros de altura, em alguns pontos mais outros menos. A cada intervalo de alguns metros tem uma casinha que provavelmente servia para guardar as armas em caso de ataque. Você pode andar sobre ela a pé, ou ainda de carro elétrico ou bicicleta alugada. É impressionante o tamanho e organização dessa muralha. A beleza também. A entrada tem uma ponte levadiça sobre um rio que separa a cidade do ambiente externo.
Depois entramos numa rua de comidas e artesanato de rua. Comemos um espetinho de caranguejo, vimos coisas muito estranhas que servem de comida, mas nada de escorpiões e outros insetos que enchem nossa mente de fantasiosas sobre a China.
O Gmail continua bloqueado...
Elton Iappe
08/04/2015
10 CHINA_TIBET 2015 - Diário de Viagem – Parque Nacional de Jiuzhaigou 3go6k
Com o hotel bom, sempre acontece, já são 10:00 horas quando conseguimos sair. No Guia de Viagem tem expressões para definir o Parque Nacional de Jiuzhaigou do tipo, "Lago com azul maior que azul", “Verde mais verde que o verde”, “Tão belo quando o Parque Yellowstone no EUA”, entre outras expressões de entusiasmo pela beleza desse Parque. Deve ser muito legal, mas não consigo imaginar que seja mais belo do que o de fomos ontem, mas vamos ver.
Saímos do hotel, 10 minutos de caminhada e mais R$ 155,00 e estamos dentro do Parque. Para conhecer o Jiuzhaigou que é muito grande, um ônibus tipo circular, a em diversos pontos do Parque e você pode descer, andar a pé subir de novo e andar mais uma estação, até tenha visto todo os pontos que você selecionou para conhecer e caminhar.
Paisagem mais bela do Parque Nacional de Jiuzhaigou
O ônibus vai até um ponto, amos por alguns shoppings de roupas, bordados, artesanato com tanta coisa bonita que quase decidimos ficar ali mesmo. Mas um vai arrastando ou outro e saímos do outro lado prometemos que na volta vamos parar para olhar melhor e comprar. Tomamos o segundo ônibus e vamos até a primeira parada. A paisagem é tipo aquelas que paga uma viagem. Chegou ali pode voltar pra casa que já valeu. É um lago azulado, com uma azul muito azul mesmo, mas que nas fotos fica com tom cinza, como na foto acima, com montanhas cobertas de neve ao fundo e árvores circundado com as copas cobertas de neve. Pense! Gastamos vários minutos ali batendo fotos, o Pedrinho alugou uma roupa chinesa e tiramos várias fotos com fantasia, com chineses que alugaram outras roupas, com crianças. Foi uma festa.
Dali pegamos uma trilha lotada de chineses batendo foto de tudo. Um grito e juntava um monte de chineses batendo fotos. Mas vamos nos embreando no meio deles tomando cuidado para que a neve que cai da copa das árvores não caia em cima da cabeça, seguimos. Alguns lagos no caminho, belas fotos, selfies é assim por diante. Entramos no ônibus e vamos até o final, depois uma pequena trilha, ônibus, trilha, ônibus... No final, descemos caminhando uns dois km com lagos mais azuis que o azul, verdes mais verdes que o verde..., belas paisagens corredeiras, águas límpidas. Emocionados acho que exageramos na quantidade de fotos.
Paramos no tal shopping e achamos coisas tão bonitas e baratas que apesar do pouco espaço na mochila não resistimos. Uma correntinha de prata belíssima para minha linda esposa, brincos que combinam e pulseirinha também. Ela vai ficar show. Um porta palitos que parece um ovo, todo em prata com detalhes de flores em vermelho. Ainda tinham cachecóis belíssimos, toucas, casacos... Pensamos até alugar um contêiner e levar muita coisa. Calma! Controle. Precisamos nos controlar...
Enfim, voltamos mais uma vez para o hotel, sem qualquer reclamação, algumas músicas para comemorar e agradecer o dia. O que vimos pagou cada centavo que gastamos, tanto pela organização, como pela beleza do local, a limpeza.... Não se acha nada que seja lixo e as trilhas são todas em madeira, com excelente manutenção.
Às 18:00 já estamos andando, em direção ao aeroporto com, mais umas 2 horas e estaremos no aeroporto. O caminho é muito bonito, amos por belas paisagens cobertas de neve. Amanhã é Xi'an, Guerreiros Terracota e outras atrações.
Elton Iappe
07/04/2015
09 CHINA_TIBET 2015 - Diário de Viagem – Parque de Huang Long 6v2ra
Despertador colocado para às 4:30 horas da manhã. 2 minutos antes da hora eu acordo, chamo os outros, só que acordar cedo já é difícil, levantar ainda mais e ser rápido à 4:30 da manhã... Impossível. Só depois de 30 minutos as coisas começam a andar mesmo, mas daí a programação já atrasou, considerando que o voo sai as 6:25 horas. Preocupados tudo acontece na correria, chamamos a táxi. Alertamos do atraso e ele sai com pressa, mas precisa tomar outro caminho porque o que iria tomar está fechado.
Chegamos no aeroporto super atrasados. Converso com a atendente e ela a nossos aportes na frente e avisa que não dá tempo de despachar as mochilas. Corremos para o embarque e eles nos am na frente e apesar de muitas coisas erradas na mochila eles am tudo por causa do atraso. Menos o Alexandre. Na hora de ar identificaram que o número do aporte estava errado na agem. O Eduardo vai lá e entende que o problema é com o número do aporte que não bate com a agem. Erro na hora que comprei a agem. O guarda pede de onde somos e quando entende que somos do Brasil, releva o problema.
Depois identificam na mochila do Alexandre um monte de coisas que não am no raio x, mas, mais uma vez relevam tudo e mandam que nos apressemos. Corremos, faltam dois minutos para o embarque, que sufoco! Quando chegamos no local, nos informam que o voo está atrasado por causa do mau tempo para onde vamos. Pergunto se é chuva? Não. Neve. Bem, cadê os casacos de frio? O embarque acontece só as 9 horas.
Viagem rápida, 55 minutos e na chegada do aeroporto tudo está branco, coberto com neve, que ainda cai mas bem fininha. Quando saímos no saguão a temperatura exige muitas roupas e todos se empacotam. Pegamos um táxi e vamos primeiro para o Parque de Huang Long. O caminho é belo, com neve na copa das árvores e tudo branco em redor. É muito bonito e acabo tirando fotos demais.
Chegamos ao parque, compramos os Tickets de entrada R$ 140,00, incluindo teleférico que facilita a subida. Algumas coisas que se faz na viagem pagam ela toda. O Parque de Huang Long é uma delas. As belezas são deslumbrantes, como tinha lido no Guia. A copa das árvores cobertas de neve são um show à parte. A neve que cerca a trilha feita de madeira é de uma beleza difícil de descrever, laguinhos congelados, pingos de água que congelaram, o teto das casinhas com cobertura de neve, um monastério em estilo chinês coberto de neve que se pode ver ao longo da trilha, miradores, um pouco de neve caindo, os chineses nos desejando um ótimo dia, alguns pedindo para tirar fotos com nós... Esse conjunto todo, com a beleza ímpar do lugar criam um clima de euforia e alegria por poder estar ali, naquele momento.
Foi um eio e tanto. O motorista nos espera na saída do parque. Ele nos cobra R$ 150,00 a mais do que o combinado porque teve de esperar. Malandro. Mas a gente decide que é melhor não discutir e vamos devagar para o hotel que fica uns 80 km daqui perto de um outro parque, que a beleza é comparável ao do Yellowstone nos EUA. Deve ser o bicho. No caminho alguns monastérios muito bonitos, nevasca, belas paisagens, pinheiros e muitas coisas para se irar.
Já no hostal, que é muito bom e um excelente atendimento, nos informam que pagamos mais do que devíamos pelo carro, mas diante das circunstâncias está tudo certo, pois fizemos o que queríamos fazer.
Como estou sem meu gmail, não tenho conseguido ler os comentários e do Blog também não, porque estamos andando sem parar, mais depois leio todos.
Elton Iappe
07/04/2015
08 CHINA_TIBET 2015 - Diário de Viagem – Chengdu e Estação dos Pandas 304e4a
Levantamos cedo, porque nosso voo sai às 8:30 horas e de onde estamos para Guilin, são 80 km. Chegamos no aeroporto as 7:30 horas, sentamos e aguardamos, na hora do embarque informam que vai atrasar cerca de duas horas. Bem nem tudo é tão organizado. Esse atraso vai complicar nossa ida para o Monte Emai e talvez a agem pelo Buda Gigante.
A China é constituída de 28 províncias e Chengdu é capital da província de Sichuan. Na chegada nos impressiona é o tamanho do aeroporto, o guia informa que é quarto maior da China. A Cidade é impressionantemente, muito bonita, limpa e organizada, com belíssimos prédios para todo lado, como poucas cidades que já conheci. Como é domingo e feriado (dia dos mortos aqui na China), a cidade estava muito tranquila e calma, o que certamente aumentou a minha boa impressão.
aremos muito rapidamente por aqui e iríamos somente até o Buda Gigante e o Monte Emai, mas com o atraso de quase 3 horas no total isso foi tudo por água abaixo. Ficou muito tarde para essas atrações. O pessoal do hostal disse para não nos preocupar pois daqui 100 era muito provável que o Buda Gigante e o Monte Emai ainda estariam no mesmo lugar e aconselharam visitar somente o centro de pesquisa dos Pandas.
Tomamos um táxi e andamos bastante e mais uma vez nos impressiona a beleza da cidade, a limpeza, a boa estrutura, a segurança. Os táxis são realmente muito baratos e os taxistas, mesmo não entendo absolutamente nada do que falamos e nem entendem quando perguntamos se eles falam inglês, são extremamente profissionais e sinto que são totalmente confiáveis.
Chegamos ao centro dos pandas gigantes o lugar é muito bonito e bem organizado. Primeiro cercado, nada de pandas. Nossa! Será que a exemplo de Hong Kong não vamos ver Panda nenhum? Andamos mais um pouco uma silhueta de um, vemos uns pandinhas vermelhos e de repente ouvimos uma gritaria e vamos em direção. Nossa! Vemos nosso primeiro panda! E pelo êxtase dos chineses o primeiro deles também. Dali pra frente foram muitos. Era só prestar atenção nos gritos dos chineses e achávamos mais um panda. O problema que eles, os chineses, brotavam até do chão e rapidamente tomavam a frente. Mudamos a tática, tentávamos achar novos pandas observávamos um pouco... Um grito e chineses brotavam de todos os lados.
Valeu a pena, boas selfies, boas fotos de pandas e vamos embora. O táxi de volta custa um pouco menos, cerca de R$ 16,00. A bandeirada é R$ 8,00, mas o marcador só começa depois que a quilometragem atinge o valor. No Brasil a bandeirada é extra.
À noite tentamos comprar algumas coisas, mas não encontramos o Shopping Center indicado e decidimos jantar no Pizza Hut que tem um cardápio muito variado, com ótimos pratos. O local é muito iluminado com belíssimos prédios, luzes que piscam formando desenhos. Impressionante a beleza da cidade que à noite tem o realce especial das luzes que não poupam criatividade.
Um toque especial, no Pizza Hut estavam tocando inúmeras músicas brasileiras, sambinhas, tipo: Lá vem o Brasil descendo a ladeira... Nas 1h30m que ficamos lá só deu música brasileira.
Voltamos para o hostal e cama. Amanhã vamos para Jiuzhaihualonge, uma cidade menorzinha, se é que existe alguma que seja pequena.
Elton Iappe
06/04/2015
07 CHINA_TIBET 2015 - Diário de Viagem – Yangshuo e Impression Sanjie Liu 376c55
Chegamos às 10:00 horas em Yangshuo, na nossa imaginação, uma pequena cidade, mas na verdade uma grande cidade com milhares de habitantes, com ruas lotadas até as tampas, como tudo por aqui.
Tentamos tomar um táxi. Achar alguém que entende um mínimo de inglês deu trabalho, já que os táxis não são identificados e o preço é combinado na hora. Mas conseguimos, com sinais, algumas palavras compreendidas e estamos indo para o Green Forest Hotel, um albergue na verdade, mas que aqui na China são melhores para recepcionar e ajudar os turistas e realmente nos ajudam em tudo, tickets para o show (Impression Sanjie Liu), que queremos ver à noite, táxi para o aeroporto de Guilin (80 km daqui) amanhã, eio pelo Rio Lí, almoço e nos orientam como ir para o eio do rio. Tudo arrumado em minutos.
A primeira impressão da cidade é tipo assim "confusa". Ela é bonita, bem cuidada, mas o trânsito é meio sem regra, principalmente quanto às motos e Tuc tucs, que eu não sei como que se chamam por aqui. Os motociclistas andam sem capacete e sem regra, vão e vem em qualquer direção, entram na frente dos carros e dele buzina. Ficam entre 3 e até quatro em cima de uma moto. Se forem crianças e bebês cabem até mais. E pensar que já foi assim no Brasil? Os carros motos ficam estacionados sobre as calçadas, logo o melhor lugar para caminhar é na rua mesmo, tomando cuidado com os demais meios de transporte.
Animais, é muito difícil ver algum. Pouquíssimos cães, nada de gatos, vacas, cavalos, carneiros... só no campo e que vimos alguns. Mas até agora o que fica evidente que é bem mais organizado do que a Índia. A segurança e o ponto alto. Não sentimos ameaças em nenhum lugar e tentam nos ajudar da melhor maneira que podem, com gestos, falando, mostrando e eventualmente indicando alguém que fala inglês.
Depois vamos para o eio no Rio Lí, tomamos um táxi, depois um ônibus e já estamos no rio. O lugar é cercado por montanhas impressionantes e que ficam ainda mais impressionantes se olhadas a partir do rio que corre entre essas montanhas. São dezenas de jangadas carregando chineses e algumas carregando estrangeiros. Tiramos muitas fotos, alguns contatos com chinesas que separadas por uma jangada ficam um pouco menos reservadas. Os chineses de forma geral mostram curiosidade em relação a nós, mas não se percebe nada além disso, além de se mostrarem muito amáveis e com disposição a ajudar.
O eio é relaxante e digno de elogios e termina 2 horas depois, com transporte para voltar para a cidade, exatamente onde e como havia sido prometido. Depois tomamos um ônibus e voltamos 25 km até a cidade.
Vamos para o hotel e não dá tempo para tomar banho, pois o grupo com o qual nós vamos para o show de luzes já nos aguarda. Nossa! Estamos sem tomar banho desde Hong Kong. Já fazem 26 horas mais ou menos sem ver água. Mas não tem jeito, e se não tem jeito, então não tem problema, vamos para o show.
Para entrar no show é meio complexo explicar, mas recebemos um recibo impresso com 4 entradas pagas, precisamos ir com o grupo, no local tem uma bandeira com um número, precisamos ficar perto dessa bandeira, pegam nosso recibo numa confusão incrível de mãos alcançando o recibo e pegando um outro recibo escrito 4, que são a quantidade de tickets pagos. A bandeirinha com o número 99 começa a circular e umas 40 pessoas seguem ela, em um fluxo meio louco, cruzando com outros grupos que seguem outras bandeirinhas. São milhares de pessoas.
Entramos por um portão, penso que por um detector de explosivos, mas só amos e rapidamente, depois num segundo pátio começa a distribuição dos ingressos. Aqueles papeizinhos, no nosso caso, com um 4 vai ser trocado. O cara pega esses papeizinhos e entrega os ingressos, numa confusão de mãos que eu não tenho a menor ideia se ele está controlando algo, acho que vai na confiança, enfim tudo certo. Uma chinesa de Hong Kong fez amizade com o Pedrinho e ela fala inglês, espanhol, cantonês, mandarim... e nos orienta, colamos nela e achamos nossos assentos.
O show, eu já muito cansado, não achei tão impressionante, mas foi por causa das 24 horas quase sem dormir. O show acontece sobre um rio, começa com alguns chineses falando algumas palavras, depois começam inúmeras performances impressionantes, com participação de jangadas, penso balsas flutuantes que são movimentas sem que se perceba, dando impressão que os figurantes estão caminhando sobre a água. Um telão cria uma ilusão de ótica com jangadeiros que am em frente, um tecido que atravessa o rio dá a impressão de ondas, ou redes sendo jogadas, enfim, um espetáculo impressionante se não fosse meu sono teria curtido mais.
Para fechar a beleza do dia, observamos um eclipse da lua. Começou por volta das 8:00 horas e por volta das 10:00 horas observamos que já tinha acabado.
E até que enfim, para finalizar, um banho "longo e demorado". Que alivio! Estava começando a ficar incomodado comigo mesmo. Um Mac Donald ainda mais pequeno que o do Brasil e cama. Amanhã o dia começa às 5:00 horas da manhã, com voo para Chengdu, onde tem o Monte Emai, parque dos pandas e outras atrações legais.
A gasolina custa uns R$ 3,00 aqui.
Elton Iappe
04/04/2015