Fórum Regional da Educação Xavante 4e3s63

BARRA DO GARÇAS - Com o objetivo de definir uma proposta política pedagógica que atenda às necessidades da etnia e a metodologia a ser aplicada, lideranças indígenas começam os preparativos para o Fórum Regional de Política Pública para Educação Escolar Xavante em Mato Grosso, no âmbito do Território Etnoeducacional A’ uwê Uptabi. O evento ocorre na primeira quinzena de agosto na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus de Barra do Garças, e pretende reunir cerca de 300 participantes.
Com emissão de certificados, a programação será destinada a professores e lideranças das Terras Indígenas (TI) Xavante de São Marcos, Sangradouro, Pimentel Barbosa, Areões Parabubure, Marãiwatsédé, Marechal Rondon e Areões. Além de instituições parceiras como a Fundação Nacional do Índio (Funai), Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Xavante, Centro de Formação e Atualização de Professores (Cefapro) de Barra do Garças, UFMT e Secretaria Estadual de Educação, Esporte e Lazer (Seduc).
“É uma orientação dos Conselhos de Educação Escolar Indígena (Ceei) a necessidade de elaborar as diretrizes da Política de Educação Escolar Indígena para Mato Grosso, de forma participativa dos povos indígenas e dos profissionais de educação envolvidos. Isso vai ocorrer com todos os polos de território étnico racial”, destaca o secretário adjunto de Política Educacional da Seduc, Gilberto Fraga de Melo.
No caso dos Xavantes a alegação, que se assemelha às dos demais povos, é que a etnia não consegue associar o calendário escolar proposto pelo estado aos ritos e cultura próprios e que, dessa forma, falta tempo para o ensino/aprendizagem e disseminação dos costumes tradicionais. “Nossa maior dificuldade é o currículo escolar. Queremos definir um que seja próprio para o nosso povo. Temos índios com formação, capacitados para ensinar, mas nossos xavantes não estão conseguindo ser formados na nossa cultura porque o calendário definido para as escolas atrapalha a realização dos nossos hábitos”, avalia o representante indígena Xisto Xavante, que também é professor da rede.
De acordo com ele, o Xavante tem um ritual a ser seguido desde criança que se perpetua por diversas fases da vida, mas que de algum modo está sofrendo com a interferência da escola que tem que frequentar. “Queremos que seja feita a junção, respeitando um cronograma próprio, que venha ao encontro das nossas necessidades e nossa tradição”, frisa.
Xisto cita ainda a existência de legislação federal que garante esses direitos, portanto, defende que as diretrizes curriculares sigam os parâmetros desta legislação, que trata das especificidades de cada etnia. Entre elas, prevê o o a outras culturas e ensino bilíngue, mas dentro de uma programação diferenciada. “Queremos que nossos conhecimentos tradicionais sejam cada vez mais respeitados e valorizados”, enfatiza o professor.
Em pauta
Além de uma matriz curricular específica, os Grupos de Trabalhos (GT) vão debater a formação inicial e continuada (formação voltada para o eixo profissional, licenciatura e magistério intercultural, mestrado e doutorado) e a formação contínua, que abrange o desenvolvimento profissional. E ainda, a carreira dos profissionais da educação com concurso público específico, categoria professor indígena e eixo profissional e o regime de colaboração para a garantia da educação escolar indígena, gestão democrática, e outros.
Serão formados cinco GTs que contarão cada um com um mediador, um secretário e um relator. Eles vão discutir temas peculiares com o objetivo de elaborar e aprovar propostas que serão apresentadas na plenária, composta por todos os participantes.
A sistematização do conteúdo elaborado será de responsabilidade de uma equipe, incluindo a revisão do documento definido. “O documento final será composto de três partes: marco legal, marco filosófico e marco operativo para que uma comissão, que será eleita, protocole-o junto à Seduc”, completa Xisto.
O Fórum Regional deverá redigir um documento com as diretrizes encabeçadas pelo povo A’ uwê Uptabi para compor a Política de Educação Escolar Indígena para o Estado de Mato Grosso. (Ascom)

Confira Mais Notícias 6z2t2u

Policial

Tentativa de feminicídio em Cocalinho; suspeito preso em N. S. Joaquim - veja vídeo 196m1r

27 May 2025
Cidades

AGER anuncia nova linha de ônibus para o Araguaia 725n63

20 May 2025
Esportes

Sábado de emoção no Estádio Irineu Spenthof! Copa Araguaia 5w1q6h

13 May 2025
Meio Ambiente

Rio das Mortes continua perdendo nível de água após cheia histórica 3w2c1j

21 May 2025
Saúde

Secretaria de Saúde Intensifica Cuidados com a População Durante Surto de Dengue e Gripe; Veja vídeo 682r3u

09 May 2025
Esportes

Campeonato Municipal cinquentão movimenta Querência com homenagem a Gelson Schons; Veja Vídeo 5r5de

27 May 2025
Saúde

Aplicativo "Meu SUS Digital" facilita o o a informações de saúde dos cidadãos 6k5v3r

26 May 2025
Agronegócio

Armazenagem não acompanha evolução da safra e pode gerar risco para safras futuras w6z5m

04 May 2025
'); jQuery.ajax({ type : 'GET', data : request, success: function (output) { jQuery(output).appendTo(".mfp_mid_116 > .mfp-grid"); var count = jQuery(".mfp_mid_116 .mfp_infinity_item").length; jQuery('input[name=count_116]').val(count); jQuery('#mfp_load_btn_116').text('Carregar Mais'); if(jQuery.trim(output).length == 0) { jQuery('#mfp_load_btn_116').text('End of items'); setTimeout(function() { jQuery('#mfp_load_btn_wrp_116').fadeOut(); }, 100); } }, error: function(output) { jQuery('#mfp_load_btn_116').text('Something went wrong'); setTimeout(function() { jQuery('#mfp_load_btn_116').remove(); }, 2000); }, complete :function(output) { jQuery('#mfp_load_btn_116').attr("disabled", false); } }); return false; });