Opinião: De Taça - Jornalista Eduardo Gomes de Andrade 255d1p
Água Boa. Pra mim, ‘Água Muito Boa’. É assim que me refiro àquele município no Vale do Araguaia, no centro geodésico do Brasil. Pela localização a cidade tem alto índice de continentalidade – distância entre a lavoura e o porto. A economia regional esbanja produção e produtividade de commodities agrícolas, que para serem escoadas precisam do transporte ferroviário ora inexistente.
Acompanho a luta da cidade por um corredor ferroviário. Agora, com suas autoridades e população, comemoro a PPP do governo federal com a Vale para a construção de 383 quilômetros de trilhos daquela que será a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) ligando Água Boa via Cocalinho à Ferrovia Norte-Sul, em Campinorte (GO).
Esse projeto, de R$ 4 bilhões, criará um estratégico e interligado corredor Leste-Oeste e Norte-Sul, ao qual, dentre outros, estão projetados mais 1.200 quilômetros entre Água Boa e Rondônia. A equação política para a conquista foi uma negociação do governo com a Vale, que será compensada com a prorrogação das concessões das ferrovias Carajás (Pará e Maranhão) e Vitória-Minas (Minas Gerais e Espírito Santo) até 2057 – os contratos em vigor terminariam em 2027.
Melhor ainda. A Fico nasce de um plano de investimento em transporte ferroviário que contempla a Rumo ALL cujo terminal mais ao norte opera na minha Rondonópolis. Também por PPP, essa com a MRS Logística, que ganhará várias concessões ferroviárias, será construído o Ferroanel de São Paulo, com 53 quilômetros. O tráfego nesse trajeto é compartilhado pelos trens de carga da Rumo ALL e de outras companhias, com os de ageiros na região metropolitana da capital paulista.
Ótimo para Água Boa e o Araguaia. Para Rondonópolis trata-se de importante o para modernizar a malha que faz sua ligação com Santos – em parte do trecho paulista a ferrovia não a a velocidade dos trens nem o volume de carga – quando esse gargalo for superado, os trilhos da Rumo ALL poderão avançar a Cuiabá e Santarém (PA).
Cara, obra ferroviária é demorada - e se não atrair interesse de investidores não sai do papel, por mais que o governo queira. No caso de Água Boa, a lucratividade empresarial é indiscutível e quanto à União é preciso reconhecer que o presidente Michel Temer acaba de abrir a porta ao progresso para uma importante região mato-grossense. Para tanto, Temer deu a canetada favorável a Mato Grosso após ser convencido por seu ministro da Agricultura, Blairo Maggi; o presidente da Frente Parlamentar de Logística de Transporte e Armazenagem (Frenlog), senador Wellington Fagundes; e seu amigo e ex-companheiro de bancada na Câmara, o deputado federal Carlos Bezerra. Não é do meu feitio elogiar político, principalmente em período eleitoral, mas Nesse caso ergo uma imaginária taça num brinde a Temer, Blairo, Wellington e Bezerra.
Eduardo Gomes de Andrade – jornalista
Confira Mais Notícias 6z2t2u

PJC apreende dois adolescentes por envolvimento no desaparecimento de casal em Cocalinho 5x3vk
05 May 2025
Atendimentos com Cardiologista serão realizados em Querência nos dias 20 e 21 de maio 4x3m1e
21 May 2025