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Pai busca tratamento para filha com hidrocefalia 4qb1b

Foto: Repórter MTSó queria poder ver ela brincando, correndo pela casa como uma criança normal”, esse é o maior sonho do pai da pequena Maria Clara, de dois anos e sete meses, diagnosticada com hidrocefalia. Morador da cidade de Alta Floresta, distante 774 km de Cuiabá, Claudemir Dias da Silva apela para conseguir tratamento para a criança, que teve a doença diagnosticada quando tinha apenas três meses. A família vive com dificuldades já que, além de Maria Clara, que requer cuidados especiais por parte do pai, ainda há outros cinco irmãos pequenos e a mãe abandonou o pai e as crianças e o pai não pode trabalhar.  

“Quando a Maria Clara tinha um ano e quatro meses a mãe dela saiu de casa. Fiquei com a reponsabilidade de criar as seis crianças. Tive que deixar o emprego para me dedicar exclusivamente à Clara; ela precisa de atenção o tempo todo e faço o possível para dar o melhor para ela. Amor é o que não falta”, relata. Claudemir, que antes de sair do emprego trabalhava como caseiro em uma fazenda da cidade, mantém a família com o benefício do INSS, recebido por Maria Clara, de R$ 724,00. “É complicado, mas faço o possível e consigo manter toda a minha família”. O pai afirma que a menina não tem atendimento especializado em Alta Floresta. Enquanto isso, a situação de Clara piora a cada dia sem tratamento adequado. A cabeça da criança, por causa da água que se acumula, já cresceu de forma assustadora e há necessidade imediata de uma intervenção mais séria. “Recebemos a visita de assistentes sociais, uma terapeuta que atende de forma voluntária e agora um fisioterapeuta. Mas acompanhamento médico não temos”.  

O fisioterapeuta André Brito, que cuida da menina diz que o desenvolvimento físico de Clara, apesar da doença, é compatível com a idade, mas os movimentos são limitados por conta do peso do crânio. “Ela mexe normalmente os braços e as pernas, mas não consegue virar a cabeça. Ela é uma criança muito alegre, ri quando brincamos com ela e presta a atenção na conversa da casa, principalmente quando ouve a voz do pai dela“, disse emocionado se referindo a Claudemir como ‘paizão’.“Ele é uma pessoa maravilhosa, cuidadoso não apenas com a Maria Clara, mas também com os outros filhos. Ele é um paizão, pai de verdade”.  

André explica que os exames da criança foram encaminhados para um neurologista na cidade de Curitiba, no Paraná e, segundo o médico paranaense, o cérebro da menina não foi completamente desenvolvido por causa da doença e a criança corre sério risco de morte prematura “O médico revelou que o desenvolvimento do cérebro não esta normal e que o crânio possui um nível muito grande de água. Ele disse que ela [Clara] pode morrer se continuar sem tratamento, mas também pode morrer na cirurgia”.  

Apesar da gravidade da situação, o pai não se perde a esperança. Claudemir garante que a vontade de ver a filha andando pela casa é maior que o medo da morte. “Vai ser feita a vontade de Deus, ela precisa dessa cirurgia. Quero ver ela andando e feliz, esse é o meu maior sonho. Mas também se eu a perder, vai ser feita vontade de Deus”, disse chorando o pai.   

Mesmo diante da complexidade do caso, de Maria Clara, Claudemir garante que ela não sente dor, mas sim um grande incômodo. “Ela não chora de dor, chora como qualquer criança quando está incomodada. Ela fica deitada praticamente o tempo todo, não consegue virar a cabeça e nem o corpo. É triste ver, mas dor mesmo ela não sente, tanto que nunca precisei comprar muitos medicamentos”. A hidrocefalia é o acúmulo anormal e excessivo de líquido dentro dos ventrículos ou do espaço subaracnóide. A doença se caracteriza pelo tamanho do perímetro cefálico, e pode  ocorrer em crianças (diversas faixas etárias) ou adultos, tendo causas específicas.  

DIAGNÓSTICOClaudemir e a ex-mulher perceberam que o crânio da menina, ainda bebê, não tinha formato normal, mas não procuraram atendimento. Quando Maria Clara tinha três meses ela foi submetida ao exame do pezinho e constatado pela pediatra que havia uma anomalia. “Ela explicou que a Clara precisava de um atendimento em Cuiabá, mas não conseguimos nada com a Saúde Pública. Fomos atrás de atendimento com a ajuda de vizinhos e familiares”, conta.

Ao chegar em Cuiabá, a hidrocefalia foi confirmada por um médico do Hospital Geral e o profissional, segundo o pai, teria afirmado que, se a menina fosse submetida ao procedimento cirúrgico, morreria. Desesperados, os pais voltaram para Alta Floresta e o estado da criança foi se agravando sem tratamento adequado. “Conversei com a minha ex-mulher naquela época e achamos melhor adiar a cirurgia, mas agora ela precisa urgente desse tratamento”, disse.

COMOÇÃO NA CIDADE

O caso de Maria Clara se tornou público após uma reportagem exibida pela TV Nativa, afiliada da TV Record, em Alta Floresta. A população da cidade e de outras regiões do país, que viram a reportagem nas redes sociais, se mobilizaram e Claudemir já recebeu a doação de alimentos, medicamentos, roupas e dinheiro. A família vive numa casa simples, sem conforto e precisa de todo tipo de ajuda material, mas o pai implora mesmo é por atendimento médico adequado. “Recebemos doações de todo o Brasil, e agradecemos muito. Mas queremos mesmo é um médico especialista que tenha amor à profissão e receba o caso da Maria Clara”, diz o pai às lágrimas. A cirurgia é de alto risco, mas é a única forma de Maria Clara ter uma chance, mesmo que pequena, de sobreviver. Se permanecer como está, a o risco de morte precoce é de 100%. 

PODER PÚBLICO

RepórterMT entrou em contato com o Conselho Estadual de Direito da Criança e do Adolescente (CEDCA), mas o presidente Mauro César Souza disse que, até o momento, não havia sido informado sobre o caso da Maria Clara e que não houve solicitação para apoio no tratamento de saúde. A Reportagem, então,  encaminhou a denúncia ao CEDCA, pelo sitehttp://www.cedca.mt.gov.br/html/msgFaleConosco.php?msgEnviado=ok&wtabela=faleConosco.Para que as devidas providências fossem tomadas. Mauro disse que vai apurar e entrar em contato com o Conselho Tutelar de Alta Floresta para que este acione o Estado via Ministério Público para que sejam tomadas as medidas de assistência à criança. O presidente informou que é preciso que a sede regional do CEDCA faça os procedimentos legais por lá, antes de qualquer ação estadual. Além de Maria Clara, o filho mais velho, de 15 anos, foi diagnosticado com problemas cardíacos recentemente e teve que implantar válvulas no coração, mas já apresentam defeitos e precisam ser substituidas. 

AJUDA MÉDICA E DOAÇÕES

Claudemir abriu uma conta poupança na Caixa Econômica Federal (CEF) para receber ajuda financeira. Para colaborar com a família, os interessados pordem fazer depósitos de qualquer quantia na Conta número 71451-7, operação 13. Na Agência 1385. O telefone de contato de Claudemir é (66) 9239-5207, em Alta Floresta. 

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