Carne vencida - PF faz operação de esquema criminoso 732k67
SÃO PAULO - Ao menos 20 funcionários públicos foram presos pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (17) suspeitos de envolvimento na Operação Carne Fraca, que investiga a venda ilegal de carnes. Foram emitidos 38 mandados de prisão - 34 contra funcionários públicos. A operação apura o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento em um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos.
Também foram presos executivos de grandes grupos frigoríficos, como o gerente de Relações Institucionais e Governamentais da BRF Brasil, Roney Nogueira dos Santos; o diretor da BRF André Luis Baldissera; e o funcionário da Seara, empresa da JBS, Flávio Evers Cassou. O dono do frigorífico Larissa, Paulo Rogério Sposito, também foi preso.
=== Frigoríficos investigados naOperação Carne Fracausavam produtos químicos para "maquiar" carne vencida, injetavam água para aumentar o peso dos produtos e, em alguns casos, foi constatada ainda falta de proteína na carne. Os detalhes foram ados pelo delegado da Polícia Federal Maurício Moscardi Grillo em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (17).
“Eles usavam ácidos e outros produtos químicos para poder maquiar o aspecto físico do alimento. Usam determinados produtos cancerígenos em alguns casos para poder maquiar as características físicas do produto estragado, o cheiro", disse Moscardi. A PF, no entanto, não detalhou ainda em quais empresas foram encontradas estas irregularidades.
A operação apura o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento em um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos.
Segundo a PF, a Carne Fraca é a maior operação já realizada pela corporação. São 1,1 mil policiais cumprindo 309 mandados – 27 de prisão preventida, 11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva e 194 de busca e apreensão. As ordens judiciais foram expedidas pela 14ª Vara da Justiça Federal de Curitiba e estão sendo cumpridas em São Paulo, Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás.
Em dois anos de investigação, detectou-se que funcionários de superintêndencias regionais de Paraná, Minas Gerais e Goiás recebiam propina para facilitar a produção de alimentos adulterados, emitindo certificados sanitários sem qualquer fiscalização efetiva. Alguns dos funcionários foram detidos na operação nesta manhã.
Foram investigadas grandes empresas do setor, como a BRF Brasil, que controla marcas como Sadia e Perdigão, e também a JBS, que detém Friboi, Seara, Swift, entre outras marcas. Também há envolvimento, segundo a PF, de frigoríficos menores, como Mastercarnes, Souza Ramos e Peccin, do Paraná, e Larissa, que tem unidades no Paraná e em São Paulo. O G1 tenta contato com as empresas citadas. (PF e G1)
PARTIDOS RECEBIAM PROPINA DE ESQUEMA DA CARNE
O delegado da Polícia Federal (PF) Maurício Moscardi Grillo afirmou que os partidos PP e PMDB eram beneficiados com propina envolvendo o esquema ilegal de vendas de carnes. "Dentro da investigação ficava bem claro que uma parte do dinheiro da propina era sim revertida para partido político. Caracteristicamente já foi falado ao longo da investigação dois partidos que ficaram claros: que é o PP e o PMDB", disse durante a coletiva de imprensa realizada em Curitiba na manhã desta sexta-feira (17), dia em que a Operação Carne Fraca foi deflagrada pela PF.
A operação apura o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) em um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos.
Segundo a polícia, a Carne Fraca é, em números, a maior operação já realizada pela PF no país. Pela manhã, funcionários do ministério foram detidos. Em seis estados do Brasil e no Distrito Federal, 309 mandados judiciais são cumpridos, sendo 27 de prisão preventiva – que é por tempo indeterminado – e 11 de prisão temporária.
"O período da investigação é o período que eu posso dizer, ao longo de dois anos de investigação isso era mais claro para a gente. Não sei se eventualmente um esquema ligado a partidos ocorria há mais tempo e também não ficava caracterizado para a gente para qual político especificamente ia todo esse dinheiro", relatou Maurício Moscardi Grillo.
A PF informou que ainda não foi detectado o motivo pelo qual o dinheiro era destinado aos partidos. O delegado disse que o valor é alto, mas, até o momento, não se sabe quanto.
O PMDB informou que desconhece o teor da investigação, mas não autoriza ninguém a falar em nome do partido. O G1 entrou em contato com o PP e aguarda uma resposta.
Durante a coletiva, o delegado também disse que os frigoríficos investigados na Operação Carne Fraca usavam produtos químicos para "maquiar" carne vencida. As empresas injetavam água para aumentar o peso dos produtos e, em alguns casos, foi constatada ainda falta de proteína na carne.
"Eles usavam ácidos e outros produtos químicos para poder maquiar o aspecto físico do alimento. Usam determinados produtos cancerígenos em alguns casos para poder maquiar as características físicas do produto estragado, o cheiro", afirmou Maurício Moscardi Grillo. (g1)
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