Lula presta depoimento à PF 665a2d
SÃO PAULO - A 24ª fase da Operação Lava Jato investiga a relação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus familiares com empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras. O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) encontraram indícios de que Lula recebeu vantagens indevidas, como um apartamento e reformas em imóveis, além de doações e pagamentos por palestras via Instituto Lula e a empresa LILS Palestras, que pertence ao ex-presidente.
O MPF diz que o instituto recebeu de empreiteiras R$ 20 milhões em doações e que a LILS Palestras recebeu R$ 10 milhões entre 2011 e 2014. Investigadores querem saber se os recursos vieram de desvios da Petrobras e se foram usados de forma lícita. Parte do dinheiro foi transferido do Instituto Lula para empresas de filhos do ex-presidente, e o MPF apura se serviços foram de fato prestados. "Os favores são muitos e são difíceis de quantificar", disse o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, em entrevista em Curitiba, nesta sexta-feira (4).
Segundo o procurador, a Lava Jato investiga uma organização criminosa infiltrada no governo federal que se utilizava da Petrobras para financiamento político. "Essa organização possui um comando. O ex-ministro José Dirceu fazia parte desse comando. Ele está preso, mas a organização criminosa continuou existindo." Lima Santos afirmou que investigadores buscam quem faz parte desse comando. Questionado, ele não respondeu se Lula integraria o grupo. Mas disse que o governo dele foi beneficiado. “O governo dele foi um dos beneficiados pela compra do apoio político e partidário. Estamos investigando", afirmou.
Depoimento de Lula
Foi expedido um mandado de condução coercitiva contra o presidente, que está sendo ouvido no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O procurador afirmou que não quis marcar um depoimento com antecedência para evitar manifestações. "Era necessário ouvi-lo. O MPF tem uma investigação, necessitava ouvir o ex-presidente. Não havia como não fazer a oitiva. Se tivéssemos ter marcado com antecedência, teríamos um risco maior de segurança", disse Santos Lima.
Ele afirmou ainda que vazamentos estão atrapalhando investigações da força-tarefa da Lava Jato: "Provas são destruídas. [...] Infelizmente, verificamos que houve vazamento e houve prejuízo da atuação da Polícia Federal. Vamos apurar." O MPF avaliou que não há, neste momento da investigação, pressupostos para pedir a prisão do ex-presidente. Segundo o procurador, a Operação Lava Jato não tem "nenhuma motivação política". "Somos republicanos: não há ninguém isento de ser investigado no país. Lula não tem foro privilegiado." (Ascom)
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