IPAM promove última grande queimada 1o202d
Em um ano em que os incêndios florestais e urbanos causaram grandes estragos em várias regiões de Mato Grosso, estudos como a Savanização mostram-se importantíssimos nos trabalhos de prevenção das queimadas e revitalização das áreas atingidas. Depois de sete anos, o projeto chega a sua última fase. Pelo menos no que diz respeito às ações de queimadas na floresta. A partir de agora os pesquisadores vão acompanhar de perto a recuperação das áreas degradas pelo fogo.
O Savanização é o maior experimento com fogo controlado em áreas tropicais do mundo e é desenvolvido por cientistas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e do Woods Hole Research Center (WHRC). Na semana ada os pesquisadores levaram adiante mais uma etapa do trabalho. A pesquisa acontece em uma área total de 150 hectares na fazenda Tanguro, no nordeste do Mato Grosso, de propriedade do Grupo André Maggi, que é um parceiro do IPAM neste projeto e vários outros como de recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APP).
A área experimental foi dividida em três parcelas de 50 hectares cada. Uma delas nunca é queimada. Outros 50 hectares são queimados somente a cada três anos. Os 50 hectares restantes são queimados anualmente para a obtenção dos dados para a pesquisa. Antes da queima, os pesquisadores coletam diversos tipos de informações como espécies de árvores, seu tamanho e abundância, estrutura da floresta, material combustível no chão (galhos e folhas) e também sobre alguns grupos de animais (insetos e pequenos mamíferos).
Após o fogo, todas essas informações são colhidas novamente para que se possa comparar de que maneira o ambiente reage ao fogo. A temperatura e a umidade local também são monitoradas antes e depois do incêndio para detectar mudanças no microclima da floresta.
PARCERIA
Para o supervisor de Meio Ambiente do Grupo André Maggi, João Shimada, o experimento demonstra que a parceria entre o setor produtivo, ONGs e o meio acadêmico não só é possível como rende resultados práticos. "O primeiro grande efeito é esta quebra de paradigmas", observa Shimada, que também aponta as informações sobre emissões e seqüestro de carbono como sendo fundamentais para questões atuais que envolvem um mercado cada vez mais preocupado com a sustentabilidade.
De acordo com Jennifer Balch, pesquisadora do National Center for Ecological Analysis and Sinthesys (NCEAS), da Universidade da Califórnia, os resultados preliminares mostram que as florestas de transição são extremamente vulneráveis a incêndios recorrentes. A mortalidade de árvores e cipós aumentou entre 80% e 120%, respectivamente, em relação à área de controle, conforme as observações dos cientistas na área do projeto.
Além disso, eles concluíram que os incêndios florestais diminuem a quantidade de espécies em 50% em relação a florestas não afetadas pelo fogo. Estas áreas, segundo Balch, tornam-se mais suscetíveis à invasão de gramíneas não nativas, dificultando a regeneração natural da vegetação. O coordenador do IPAM em Canarana (MT), Oswaldo Carvalho Jr. destaca que a partir de agora o trabalho será focado na recuperação das áreas degradadas pelo fogo, tanto de forma natural - deixando que a floresta se recomponha gradualmente - quanto por meio de processos como os tratos silviculturais.
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