Aprosoja MT aponta dificuldades com serviço de energia elétrica no campo 2m2yz
CUIABÁ - Fiações antigas, postes caídos, interrupção frequente no fornecimento de energia, redes sem manutenção ou pouca capacidade estão entre as principais reclamações de produtores rurais de Mato Grosso com o fornecimento de energia no estado nos últimos meses. E com a chegada do período de chuvas, a preocupação aumenta ainda mais.
Nas últimas semanas houve o agravamento de problemas, que comprometem o funcionamento de equipamentos essenciais para a produção agrícola, como armazenagem, sistemas de irrigação, maquinário, emissão de notas fiscais, além da própria segurança de trabalhadores e da população, com as evidentes ameaças de incêndio.
Com a falta de retorno dos problemas por parte da concessionaria de energia, produtores tem tirado do próprio bolso para contratarem prestadores de serviços particulares, uma vez que a produção não pode parar, como na região de Sorriso, do produtor e delegado coordenador da Aprosoja MT Adalberto Grando.
“Aqui oscila demais, dá muito problema de queima de equipamentos, o sistema de irrigação por exemplo tem uma defesa para isso, e quando ele dispara esse dispositivo, ele para, e aí a gente tem que correr atrás para buscar peça, conseguir voltar a funcionar e infelizmente isso está muito frequente com chuva ou sem chuva”, disse Adalberto.
Para tentar minimizar os danos sofridos pelos produtores, a Aprosoja MT se reuniu com representantes da Energisa nesta quarta-feira (16.10) para pedir mais celeridade na manutenção de rede existente e a expansão de fornecimento. Isso porque, na medida em que a tecnologia no campo avança, a estrutura também precisa avançar como afirma o diretor istrativo da Aprosoja MT, Diego Bertuol.
“Mato Grosso está em expansão, porém a rede de energia não caminha junto, o déficit é muito gritante. Além de necessitarmos de uma maior capacidade, precisamos da manutenção da atual rede. Armazéns, algodoeiras, irrigação, fazendas que estão impedidas de desenvolver com sustentabilidade e dignidade, impactando no município negativamente, principalmente a parte social”, ressalta Bertuol.
O diretor da Aprosoja MT que também é produtor rural sente na pele as dificuldades pelo serviço energético prestado, enfatizando que além de conviver com as incertezas do clima em 2024, e com outros fatores como a menor oferta de crédito rural, o produtor não poder contar com um serviço de energia de qualidade.
“Dentro da fazenda ficamos com perca na irrigação, manutenção paralisada, escritório sem poder fazer o trabalho istrativo, sementes sem poder fazer o tratamento e impedindo o plantio eficaz. Isso é só um pouco do que o produtor a, sem e algum de uma empresa que tem o monopólio no Estado, serviço precário, de péssima qualidade e vergonhoso”, afirmou Diego.
A instalação de novas empresas e investimentos no agronegócio também está sendo afetado em Mato Grosso por falta de qualidade na distribuição de energia como afirma o vice-presidente da Aprosoja MT Luiz Pedro Bier. “Principalmente no período das chuvas as quedas de energia são frequentes e não há energia suficiente em regiões como Gaúcha do Norte, por exemplo, para instalação de novos armazéns comerciais e isso impede que novas empresas venham se instalar nessas regiões”, destacou Bier.
Os representantes da Energisa presentes na reunião se comprometeram em encontrar soluções rápidas para diminuir o prejuízo dos produtores em caso de rompimento do fornecimento de energia. Além disso, irão realizar um estudo nas regiões mato-grossenses para identificar quais os pontos que mais necessitam do aumento de oferta de energia elétrica. (Israel Prates - Ascom)
Maiores do agro em MT: Querência, Canarana, Gaúcha, Água Boa e Bom Jesus entre as 100 63c27
VALE DO ARAGUAIA - O estado de Mato Grosso lidera o ranking dos 100 municípios mais ricos no agronegócio em 2023, com 36 municípios, segundo análise do Ministério da Agricultura e Pecuária. Neste contexto, o Sistema Famato vem desempenhando um papel crucial na produção agrícola nacional, atuando na representação de mais de 33 mil produtores em Mato Grosso.
No Araguaia, Querência é 13º, Canarana 23º, Gaúcha do Norte 43º, Água Boa 58º, e Bom jesus do Araguaia aparece em 68º entre os 100.
A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) tem atuado ativamente na defesa dos interesses do setor agropecuário, influenciando políticas públicas que beneficiem os agricultores e promovam o desenvolvimento do campo. Isso é fundamental para garantir que as necessidades e desafios dos produtores mato-grossenses sejam ouvidos e considerados nas decisões governamentais.
A Famato também oferece e técnico e capacitação por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), promovendo inovações e boas práticas agrícolas que fomentam a produtividade e a sustentabilidade. Por meio de cursos, workshops e consultorias, ajuda os agricultores a adotarem tecnologias que melhoram o manejo do solo, a irrigação e a proteção de culturas, contribuindo para uma produção mais eficiente e ambientalmente consciente.
Em 2023, apenas nos Centros de Treinamento do Senar-MT, localizados em Sorriso, Campo Novo do Parecis e Rondonópolis, mais de 100 mil pessoas se capacitaram para atuar em um setor que, ano após ano, quebra recordes de ocupação.
Por meio do Instituto AgriHub, além de conhecer a fundo a realidade e as necessidades dos produtores rurais, são fornecidas inovações e tecnologias que podem transformar os negócios no campo, criando um ecossistema de inovação em agricultura e pecuária e fomentando a entrada de novas startups no estado. Além disso, o AgriHub é o primeiro espaço onde empresas e startups podem trabalhar e ter o a contatos, investidores, mentores e fornecedores de inovação agro da América Latina.
Realizando estudos e análises econômicas do setor, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA) oferece informações detalhadas sobre preços, custos de produção e tendências de mercado. Essas informações ajudam os produtores a tomarem decisões mais informadas. O instituto estimula a pesquisa e a inovação no setor agrícola, promovendo parcerias com universidades e instituições de pesquisa, fortalecendo o desenvolvimento de novas técnicas e tecnologias que podem ser aplicadas nas propriedades rurais.
O presidente do Sistema Famato, Vilmondes Tomain, ressalta que as iniciativas do Sistema Famato não apenas fortalecem a produção agrícola no estado, mas também contribuem de forma significativa para a segurança alimentar e o crescimento econômico do Brasil, reafirmando a importância do agronegócio para o desenvolvimento do país. Ele destaca que a Famato tem atuado para garantir a competitividade e o crescimento do setor, promovendo projetos e parcerias que asseguram um futuro próspero e sustentável para o agro.
“O protagonismo de Mato Grosso é fruto do esforço contínuo de seus produtores, com o apoio decisivo da Famato. Temos ampliado parcerias e projetos que visam fortalecer o agro mato-grossense, inclusive em temas cruciais como o uso de tecnologias avançadas, preservação ambiental e a busca por novos mercados internacionais. É uma honra celebrar a conquista de Mato Grosso como líder no ranking dos municípios mais ricos do agronegócio, e esse resultado reflete o trabalho árduo e a dedicação dos produtores rurais do estado”, disse Tomain.
Lista dos 100 municípios mais ricos no agronegócio brasileiro
A análise do MAPA é realizada por meio da Secretaria de Política Agrícola (Mapa/SPA), com base nos dados da pesquisa anual do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a Produção Agrícola Municipal (PAM). Em 2023, a produção agrícola do país atingiu um valor total de R$ 814,5 bilhões. Os 100 municípios mais produtivos, localizados em 14 estados, contribuíram com 31,9% desse montante, totalizando R$ 260 bilhões.
Os 100 municípios estão localizados em estados como Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins. O destaque também vai para a região Centro-Oeste.
Veja os 100 municípios com maior participação no valor da produção da agricultura brasileira CLICANDO AQUI. (AScom)
Lavouras com arroz podem ter a menor área da história no município 1k192u
ÁGUA BOA – A próxima área a ser ocupada com arroz no município é desconhecida.
No começo do século, os produtores chegaram a plantar cerca de 40 mil hectares com arroz na microrregião.
Porém, a cultura é cheia de riscos, desde o plantio até a colheita. Sem falar que não há garantia de preços mínimos.
Por isso, aos poucos, os produtores foram migrando para a soja, milho e gergelim.
No ano ado, a áreas com arroz ficaram estimadas em cerca de 3 mil hectares. Para o próximo ciclo, não há estimativa de quanto arroz será plantado.
A produtividade média pode chegar a 60 sacas por hectare aqui na região.
Parceria entre TJMT e Famato impulsiona solução de conflitos no agronegócio 2a3c4e
CUIABÁ - O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) lançou nesta quarta-feira (16/10) o Projeto Resolve Agro, uma iniciativa inovadora voltada ao tratamento adequado de conflitos envolvendo a renegociação de dívidas entre produtores rurais, instituições financeiras, tradings e fornecedores. O objetivo do projeto é facilitar a resolução consensual de disputas, proporcionando segurança jurídica e criando um ambiente favorável à continuidade das atividades do agronegócio no estado.
A cerimônia contou com a do Termo de Cooperação Técnica entre o TJMT e importantes entidades do setor: a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja-MT), a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT).
Representando a Famato, o presidente Vilmondes Tomain, acompanhado pelo consultor jurídico Rodrigo Bressane, ressaltou a relevância do projeto. Tomain destacou que o pleito por uma cooperação nesse sentido era uma demanda antiga da Famato, feita em nome dos produtores rurais, com o apoio das entidades do agronegócio.
"Estamos muito satisfeitos com o lançamento do Projeto Resolve Agro. Este é um marco importante para o agronegócio de Mato Grosso, pois promove a conciliação e a mediação de conflitos de forma estruturada e transparente. A Famato sempre defendeu um diálogo aberto e eficiente entre produtores e credores, e esse projeto é a resposta concreta a essa necessidade. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso, junto com as entidades aqui representadas, está proporcionando uma ferramenta essencial para a sustentabilidade do setor, garantindo segurança jurídica e viabilizando a continuidade das nossas operações. Agradecemos imensamente ao TJMT e a todos os parceiros por essa conquista em nome dos produtores rurais de Mato Grosso."
A presidente do TJMT, desembargadora Clarice Claudino da Silva, anfitriã do evento, ressaltou a importância da parceria e a contribuição do Judiciário para o desenvolvimento do agronegócio, um dos setores mais relevantes da economia do estado.
"O Tribunal de Justiça de Mato Grosso tem plena consciência da importância do agronegócio para o nosso estado e para o país. O Projeto Resolve Agro é um exemplo de como o Judiciário pode atuar de forma proativa na busca por soluções de conflitos, facilitando o diálogo e promovendo a justiça de maneira célere e eficiente. Estamos confiantes de que essa cooperação trará benefícios concretos não apenas para os produtores rurais, mas para toda a sociedade."
A desembargadora Anglizey Solivam, mentora do Projeto Resolve Agro, enfatizou o papel fundamental da conciliação na superação de desafios no setor rural. “O Resolve Agro nasce da necessidade de criarmos um espaço seguro e ível para a resolução de conflitos no agronegócio, buscando equilibrar as demandas de produtores e credores de forma justa e eficiente. Sabemos que o endividamento rural é uma questão complexa, e acreditamos que, por meio do diálogo e da mediação, conseguiremos preservar tanto a sustentabilidade econômica do setor quanto a integridade das relações comerciais. Estamos oferecendo uma nova forma de lidar com esses desafios, fortalecendo a cooperação entre todos os envolvidos." O presidente do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Soluções de Conflitos (Nupemec), desembargador Mário Roberto Kono de Oliveira, e a juíza coordenadora do Nupemec, Helícia Vitti Lourenço, também participaram do evento, reforçando o compromisso do TJMT com a resolução pacífica e eficaz de disputas no setor. O Termo de Cooperação Técnica prevê a realização de sessões concentradas de conciliação e mediação, tanto na esfera processual quanto pré-processual, nos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscs) e em unidades judiciais, até o final de novembro. A expectativa é que o projeto aumente significativamente o índice de resolução amigável de dívidas rurais, evitando longas disputas judiciais e promovendo o equilíbrio financeiro dos produtores rurais. Essa iniciativa representa um esforço conjunto de instituições financeiras, tradings, fornecedores e produtores para encontrar soluções eficientes ao endividamento rural, favorecendo o desenvolvimento sustentável do agronegócio. (Ascom) |
Redução na importação de fertilizantes em MT mostra o impacto na realidade do produtor rural 10436h
CUIABÁ - De janeiro a setembro de 2024 Mato Grosso importou 4,51 milhões de toneladas de fertilizantes, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior. A redução foi de 4,8%, número menor que a média nacional, que reduziu 1,5% a importação.
E um dos fatores para esse ritmo mais lento na compra de fertilizantes é o atraso do plantio na safra de soja 2024/2025 no estado, um dos mais agravantes dos últimos anos, em virtude da estiagem prolongada. Para o diretor istrativo da Aprosoja MT Diego Bertuol, o produtor rural está receoso com a situação do clima, preços de mercado e falta de efetividade do Plano Safra.
“Hoje, a realidade que o produtor se encontra é de realizar um baixo investimento, primeiro devido ao Plano Safra, que não tem o seu objetivo sendo executado, ou seja, o produtor não está conseguindo pegar esse custeio prometido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária que seria o maior da história para compra de insumos ou recursos para fazer o giro da sua operação. E ainda tem os preços, tanto da soja quanto do milho em queda, que não dá segurança para investimento maior em fertilizantes. E isso impacta diretamente na produção, com certeza teremos quebra, somando com o atraso das chuvas nesse início de ciclo que é mais um alerta para o produtor ter cautela nesse momento delicado”, afirma Bertuol.
A importação dos fosfatados aumentou 17% no Brasil e por isso a redução do volume total de fertilizantes foi de 387 mil toneladas. A disponibilidade do produto e o preço de mercado mais elevado pelo aumento do dólar no segundo semestre de 2024, foram determinantes para esse volume reduzido. Outro ponto importante é a instabilidade política econômica no Brasil, que tem afetado não somente a comercialização de fertilizantes, mas também a disponibilidade de crédito rural nas instituições financeiras. A redução de 35% na utilização do crédito rural para custeio, de acordo com o Banco Central do Brasil (Bacen), demonstra a dificuldade do produtor rural para realização da safra 2024/2025. Em Mato Grosso essa redução foi ainda maior, cerca de 46,5%. O que pode afetar ainda mais a produção no estado segundo o vice-presidente da Aprosoja MT, Luiz Pedro Bier.
“Essa é a atual realidade do produtor rural, tendo dificuldade com o crédito e elevados custos de produção. Esses são os nossos atuais desafios e a redução na importação dos fertilizantes é só uma das consequências que vemos no nosso dia a dia no campo”, enfatiza Bier.
O vice-presidente ainda alerta que a falta de chuva está interferindo diretamente na safra do milho, o que pode deixar o cenário mais incerto para o produtor. “Lógico que o clima também será um dos grandes responsáveis pelos números da safra, mexe com a segunda safra que fica mais curta, e aliada a dificuldade de investimento do produtor, a estimativa de produção pode, sim, diminuir”, finaliza Luiz Pedro Bier.
Projeções para o futuro do agronegócio em Mato Grosso v535r
CUIABÁ - Nesta quarta-feira (9/10), o auditório Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), em Cuiabá, recebeu o evento de lançamento do “Outlook 2034 – Projeções do Agronegócio em Mato Grosso de 2024 a 2034”. O evento, que contou com uma coletiva de imprensa, apresentou as principais tendências e projeções para as culturas agrícolas e produções pecuárias do estado nos próximos 10 anos. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) liderou os estudos e análises, em parceria com o Instituto Mato-Grossense do Agronegócio (IAGRO) e com o apoio da Aprosoja-MT.
Para aprimorar a metodologia utilizada nas projeções do Outlook 2034, o Imea estabeleceu uma parceria estratégica com a Faculdade de Estatística da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Essa parceria aprimorou as previsões, oferecendo aos agentes do setor dados precisos e abrangentes, fundamentais para a tomada de decisões estratégicas no agronegócio.
Segundo o superintendente do Imea, Cleiton Gauer, Mato Grosso produzirá 148,94 milhões de toneladas de grãos e pluma em 2034. A produção de carnes – bovina, suína e de aves – também deve crescer, alcançando 2,80 milhões de toneladas.
As projeções indicam um crescimento significativo nas áreas cultivadas em Mato Grosso até 2034. A área de algodão deve expandir 40,62%, a de milho 60,20%, e a de soja 33,18%. Na pecuária, o Outlook 2034 aponta para um aumento de 7,49% na produção de carne bovina, impulsionado por investimentos em tecnologia e genética. A suinocultura e a avicultura também terão avanços expressivos, com crescimento na produção de 40,60% e 30,97%, respectivamente, ao longo da próxima década.
O crescimento populacional mundial, que deve atingir 8,81 bilhões de pessoas em 2034, trará novos desafios para a produção de alimentos. Países subdesenvolvidos, especialmente na África Subsaariana, apresentarão as maiores taxas de crescimento populacional. A demanda por alimentos seguirá em alta, e Mato Grosso, como grande produtor, terá um papel estratégico para suprir essa demanda mundial.
Para garantir que essas projeções se concretizem, o estado precisa intensificar os investimentos em infraestrutura e logística. Projetos como a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) e a Ferrovia Autorizada de Transporte Olacyr de Moraes (FATO), que conectará Cuiabá a Lucas do Rio Verde, são essenciais para reduzir os custos de transporte e aumentar a competitividade do agronegócio mato-grossense.
O presidente do Sistema Famato, Vilmondes Tomain, destacou a relevância do estudo conduzido pelo Imea, uma das casas que compõem o Sistema Famato e que hoje é referência tanto no Brasil quanto no cenário internacional. “O Imea oferece uma base sólida de dados e análises que são essenciais para a tomada de decisões estratégicas, e seu papel na construção de um futuro próspero para o agronegócio mato-grossense é inquestionável”, afirmou.
Vilmondes também ressaltou a necessidade urgente de investimentos em infraestrutura de armazenamento, uma vez que a produção agrícola no estado tem crescido exponencialmente. “Nossos armazéns são as carrocerias dos caminhões”, comentou, alertando sobre o risco de gargalos logísticos e de armazenamento que podem comprometer a competitividade do estado no mercado global.
O presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Luis Costa Beber, também esteve presente no evento, reforçando a importância de fornecer aos produtores informações precisas, como as apresentadas no Outlook 2034, para subsidiar a tomada de decisões no campo. “Nosso compromisso é apoiar o agricultor para que ele possa planejar com segurança e eficiência, sempre com o respaldo de dados e análises que garantam a melhor performance em suas atividades”, comentou.
Lucas Beber também destacou que o crescimento da produção agrícola do estado pode ser alcançado de maneira sustentável, respeitando as áreas de pastagem já existentes e evitando a abertura de novas áreas. “Mato Grosso já se consolidou como uma referência global em responsabilidade ambiental, mostrando que é possível produzir em larga escala sem comprometer nossos recursos naturais”, enfatizou.
Também participaram do evento o diretor istrativo e Financeiro da Famato, Robson Marques, e o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), Marcelo Lupatini.
O Outlook 2034 apresenta uma visão otimista para o futuro do agronegócio em Mato Grosso. Com uma produção agrícola e pecuária em constante crescimento, o estado continuará a desempenhar um papel crucial no cenário nacional e internacional. As projeções mostram que o crescimento econômico pode ser alcançado com sustentabilidade, respeitando as áreas de pastagem e evitando a abertura de novas áreas, reafirmando Mato Grosso como referência no equilíbrio entre desenvolvimento e responsabilidade ambiental.
O e-book “Outlook 2034” pode ser ado em: https://imea.com.br/imea-
Aprosoja reforça compromisso ambiental com logística reversa i2449
CUIABÁ - Comprometidos com a sustentabilidade de mãos dadas com a produtividade, os produtores de soja e milho em Mato Grosso estão à frente na adoção de práticas responsáveis de logística reversa, reafirmando o compromisso ambiental do setor agrícola no estado, por meio da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT).
A iniciativa que é feita por produtores de todo Brasil, busca não somente a preservação do meio ambiente, mas também a criação de um modelo de produção eficiente e sustentável.
“O Brasil é um país no qual todos nós, não só os produtores, mas toda a sociedade, deve se orgulhar da questão da sustentabilidade. Um exemplo disso é a reciclagem de embalagens de defensivos, os pesticidas, na qual o Brasil é campeão mundial. Destinamos adequadamente essas embalagens, onde 100% são devolvidas e mais de 95% dessas embalagens de defensivos agrícolas são recicladas. O Brasil tem servido de modelo, diferente dos nossos principais concorrentes americanos e europeus” afirma o presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber.
A Aprosoja MT é associada ao Sistema Campo Limpo (SCL), um programa brasileiro de logística reversa que, desde 2002, já deu a destinação correta a mais de 750 mil toneladas de embalagens de defensivos agrícolas. De todos os recipientes coletados, 95% são reciclados e reinseridos no mercado, consolidando o Brasil como uma referência global em economia circular e agricultura sustentável.
No Brasil, as embalagens recicladas no processo de logística reversa são transformadas em pelo menos 38 novos produtos homologados, incluindo novas embalagens e tampas, dutos e tubos para esgoto, e até postes de sinalização. Esse processo demonstra o impacto positivo da reciclagem em várias indústrias e reforça a contribuição do agronegócio brasileiro para um futuro mais sustentável.
Mato Grosso, sendo o maior produtor de soja do Brasil, segue liderando essas práticas inovadoras e ambientalmente responsáveis. A reciclagem e o descarte adequado das embalagens de defensivos agrícolas, garante a proteção do meio ambiente, mas também garantem a continuidade de um ciclo produtivo sustentável, beneficiando tanto os produtores quanto a sociedade como um todo.
“Em nossa propriedade, nós fazemos 100% da logística reversa das embalagens defensivos agrícolas. Todas essas embalagens são devolvidas. com toda nossa logística de agendamento e entrega até a central para a reciclagem. Esse é mais um exemplo do nosso agro sustentável”, disse a produtora e associada da Aprosoja Mato Grosso, em Diamantino, Helena Sandri.
A atuação da Aprosoja MT no Sistema Campo Limpo demonstra o comprometimento de seus associados com a preservação ambiental, ao mesmo tempo em que fortalece a economia e produção agrícola do estado. Com essas práticas, o Brasil segue como exemplo para o mundo de como é possível unir sustentabilidade e alta produtividade no campo. (Ascom)
Aprosoja-MT aponta novas oportunidades para a segunda safra no Vale do Araguaia 261n
VALE DO ARAGUAIA - A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) publicou nesta terça-feira (01.10) seu Boletim Técnico 03/2024 do Ctecno Araguaia, que traz importantes informações sobre as culturas alternativas para a segunda safra na região leste do estado, com foco no Vale do Araguaia. O estudo, realizado no Centro Tecnológico do Vale do Araguaia (CTECNO), revelou dados significativos que podem auxiliar os produtores na escolha de culturas com menor risco e maior rentabilidade.
Com a disponibilidade hídrica sendo um dos fatores climáticos que mais afetam a produtividade das lavouras, especialmente para o milho, que enfrenta desafios em solos rasos e arenosos, a pesquisa identificou o sorgo, o gergelim e o girassol como opções viáveis e promissoras. Os resultados destacam que o sorgo apresentou uma produtividade média de 63,4 sacas por hectare, superando a média nacional. Além disso, o boletim evidencia a importância das culturas de cobertura, como a Brachiaria ruziziensis, que contribui para a qualidade do solo e a sustentabilidade da produção.
"Neste estudo vimos que a implementação de culturas alternativas na segunda safra representa uma estratégia promissora para os produtores do Vale do Araguaia, proporcionando opções viáveis que minimizem os riscos associados ao cultivo do milho em condições desfavoráveis”, disse Isley Bicalho, pesquisadora da Aprosoja MT/Iagro. “Os resultados obtidos demonstram que o sorgo e o gergelim não apenas apresentam altas produtividades, mas também oferecem maior resistência às condições climáticas adversas, tornando-se opções cada vez mais relevantes para os agricultores da região”, completou o pesquisador da Aprosoja MT/Iagro, André Somavilla. O vice-presidente sul da Aprosoja MT e coordenador da Comissão de Defesa Agrícola, Fernando Ferri, enfatizou a importância da divulgação dos Boletins para os produtores mato-grossenses.
“Com os boletins técnicos, a Aprosoja já tem o objetivo de instruir seus associados para que os mesmos tenham formação de qualidade para criar tomadas de decisões de quais materiais vai plantar, qual tratamento, qual manejo, quais culturas vai escolher”, disse Ferri. “Falando agora em Safrinha, nosso CTECNO no Araguaia que é uma região onde tem solos siltosos que o milho tem uma dificuldade para plantar nesse tipo de solo, uma vez que a janela fica muito curta, temos feito vários testes de culturas alternativas e trazendo o melhor retorno para o produtor”, completou.
Para ar o Boletim Técnico completo basta ar a área de arquivos da Aprosoja MT (clique no link e e) e para obter mais informações, entre em contato pelo Canal do Produtor (65) 30278100 ou pelo e-mail
Centros de Pesquisas
Com o compromisso de fornecer as melhores informações para mais de 8.700 produtores associados, a Aprosoja MT, em parceria com a IAGRO - Instituto Mato-Grossense Do Agronegócio, estabeleceu dois importantes centros de pesquisa: o Centro Tecnológico (CTECNO) Parecis, em Campo Novo do Parecis para solos arenosos e o centro em referência para solos siltosos, o CTECNO Araguaia, em Nova Nazaré. Os dois são fundamentais para o desenvolvimento de práticas agrícolas que visam a sustentabilidade e a rentabilidade no estado.
O vice-presidente da Aprosoja-MT, Luiz Pedro Bier, lembra o importante papel dos Centros na geração de conhecimento específico para as necessidades dos agricultores.
“O Ctecno Araguaia, tanto quanto o CTECNO Parecis, são centros que geram informação, geram estudos e conhecimento para o produtor rural, principalmente para o associado da Aprosoja MT. O CTECNO Araguaia, em especial, vem se destacando por ser o único centro de pesquisa em solos siltosos, especializado nesse tipo de solo, no país. É uma área em que somos muito carentes de informação, e o CTECNO vem para ajudar o produtor rural a conseguir produzir e colher melhor nos solos siltosos do estado do Mato Grosso”, afirmou Bier.
Esses centros não apenas fornecem informações necessárias e atualizadas, mas também promovem práticas agrícolas mais sustentáveis e eficazes, uma prioridade para os produtores mato-grossenses. Por meio de pesquisa e experimentação, os CTECNOS se consolidam em sua colaboração para desenvolvimento do agronegócio em Mato Grosso, capacitando os produtores a enfrentar os desafios do setor e a explorar novas oportunidades. (AScom)
Farmtec Feira Tecnológica é hoje e amanhã - veja vídeo 6f6z37
Atualizada 27 Set 24ÁGUA BOA - Acontece hoje e amanhã, a FarmTec Feira Tecnológica do Araguaia, no Parque de Exposições Antonio Tura.
Daniel Bombarda informa que são diversas as atrações, como palestras de alto nível e exposição de produtos e serviços por parte de empresas do agronegócio.
Segundo Daniel, outras atrações também fazem parte.
Veja reportagem:
============================================
Farmtec - Feira Agroteconológica dias 27 e 28 de setembroÁGUA BOA - Vai acontecer dias 27 e 28 de setembro, a Farmtec - Feira Agroteconológica.
O evento será no Parque de Exposições Antonio Tura.
Reunirá produtores rurais e grandes empresas do Araguaia.
A abertura será na sexta-feira, 27/09. Em pauta assuntos como modelo de propriedade rural sustentável, alimentos para o período da seca, novas cultivares de pastejo integrado.
No sábado dia 28/09, serão abordados temas como reforma de pasto, silagem, manejo eficiente de solos, produção de soja e desafios climáticos.
Diversos serão os palestrantes do evento.
Quem queima dinheiro? Queimadas descontroladas confundem o Brasil - por Caio Penido 6r5o68
Por Caio Penido
Quando o assunto está relacionado às “queimadas” pelo país, a sensação que tenho é a de que estamos todos confusos! Sentimos as consequências trazidas pelo tempo extremo, quando se associam três fatores: altas temperaturas, baixa umidade do ar e ventos fortes. Uma combinação que, quando encontra vegetação seca, provoca a destruição que acompanhamos nas últimas semanas na televisão e nas redes sociais e que impacta tanto o produtor rural quanto a dona de casa que vive na cidade.
Mas a quem culpar?
Em primeiro lugar, é preciso diferenciar “incêndio florestal” (fogo não controlado ou não planejado) de “queimadas” (controladas ou prescritas). Estas últimas podem estar condicionadas à autorização do órgão ambiental competente e permitidas apenas fora dos períodos proibitivos. Ambas estão muito bem caracterizadas na Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo (Lei 14.944, de 31 de julho de 2024).
Muitos “juristas da internet” apontam o dedo sem embasamento e criminalizam o setor produtivo agropecuário, mesmo desconhecendo os cenários e elos dessa cadeia produtiva, que depende do clima para continuar pujante e economicamente viável. Um produtor não queimaria intencionalmente seus principais ativos! Afinal, para que exista colheita dos grãos ou para que o boi engorde no pasto, é preciso um regime regular de chuvas, qualidade do solo e conservação ambiental, obrigatória por lei!
Os ativos custam para quem produz: de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), para a safra 24/25, o agricultor mato-grossense desembolsou, com as atividades para a correção do solo e investimentos em defensivos e fertilizantes, aproximadamente R$ 1,7 mil por hectare. No caso da cadeia da carne bovina estruturada, segundo o IMEA, o pecuarista mato-grossense tem um custo operacional total médio de R$204,39 por arroba vendida num ciclo completo dos animais. Levantamentos do Ministério Público Federal mostram que aproximadamente 92% dos animais abatidos para comercialização em Mato Grosso no ano de 2023 vêm de fazendas que am por verificações socioambientais executadas por indústrias frigoríficas que am um TAC (termos de ajustamentos de conduta) com o próprio MPF.
Cuidar do solo é vital para a agropecuária comercial! Uma área atingida pelo fogo, além da perda da biodiversidade, joga fora todo este dinheiro e fica improdutiva, necessitando de novos investimentos! Existe também o risco de multas e embargos e o consequente impedimento de comercialização. Queimar áreas preparadas é queimar dinheiro! Quem iria queimar seu próprio dinheiro desta forma?
Muitas pessoas escutam boatos e me perguntam o que está acontecendo no mundo real, no chão das fazendas? Muitas suspeitas e acusações podem ser reais, mas não temos certeza. No auge de uma crise como essa, não é hora de buscar culpados, alimentando a desinformação. Penso que é preciso compreender quais são os elos da sociedade envolvidos e, principalmente, quais setores são beneficiados por esses incêndios. Investigar e buscar provas já é uma tarefa da polícia!
Então, a quem interessaria queimar solo e vegetação?
Diferentemente dos produtores rurais, os especuladores imobiliários perceberam que a terra com floresta não tem valor nenhum para eles, mas desmatada ela a a valer muito. São esses que grilam terras públicas, desmatam com as queimadas (que é a forma mais barata de desmatamento, para quem não tem documentos que os vinculam à terra), em um segundo momento cercam as áreas queimadas e colocam bezerros entre os tocos secos e tentam parecer produtores rurais, mas não são! Esses criminosos não produzem nada e parecem ser os maiores interessados em provocar esses incêndios! Parte dessas áreas, com o ar dos anos, é regularizada e termina sendo comprada legalmente e integrada no sistema produtivo formal, seja para pecuária ou para agricultura. O que o poder público poderia fazer para evitar essas ações?
O que sei é que não podemos confundir invasões de terras, desmates ilegais e incêndios criminosos motivados pela especulação imobiliária ou motivações que não conseguimos compreender, com as atividades de rotina executadas por agricultores e pecuaristas que vendem sua produção para tradings e frigoríficos, sujeitos a uma complexa verificação de exigências socioambientais de suas propriedades.
É preciso compreender que os produtores que seguem a legislação e as boas práticas são aliados do clima e têm papel relevante na produção de alimentos, contribuindo para a segurança alimentar e climática global. E esses também se tornam vítimas dos especuladores imobiliários, uma vez que suas áreas destinadas à conservação por lei são ameaçadas de invasão ou atingidas por queimadas criminosas. Áreas públicas como Parques, Unidades de Conservação e Terras Indígenas também são dizimadas em consequência dessa tentativa irresponsável de valorização de terras por quem não tem relação com o setor produtivo.
Independentemente das ações de autoridades políticas, caberá ao produtor rural, a partir de agora, tratar o combate aos incêndios com o mesmo profissionalismo que exerce em suas lavouras ou em sua pecuária intensiva. Financiamentos verdes e subsídios devem surgir para custear ações preventivas e investimentos em equipamentos de combate a incêndios. Será cada vez mais importante a utilização de tecnologia para monitoramento do fogo, estruturação de aceiros, treinamento de colaboradores, criação ou profissionalização das brigadas de incêndio regionais, que podem utilizar-se de aeronaves agrícolas para jogar água nos focos de fogo no período da seca.
Aos ambientalistas e comunicadores que simplificam a questão apontando o agronegócio como o principal vilão, cabe pesquisar melhor e reconhecer as particularidades de cada elo das cadeias envolvidas, contribuindo com propostas mais efetivas para enfrentar o problema.
Acredito que, enquanto a terra desmatada tiver muito mais valor que a terra florestada, esse problema da especulação imobiliária não vai acabar. Um bom caminho que vislumbro é o fortalecimento do Mercado de Carbono e de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). Será a concretização da verdadeira vocação do produtor rural brasileiro, que além de produtor de alimentos, fibra e energia, também será reconhecido como prestador de serviços ambientais. A estruturação desses mercados, juntamente com a boa informação ao consumidor global sobre nossos atributos de sustentabilidade, trará mais proteção aos nossos biomas, valorizando assim o nosso sistema produtivo sustentável.
Não é mais tempo de debates infundados, em busca de encontrar culpados entre aqueles que produzem legalmente e protegem a biodiversidade dentro de suas terras! Esses estão ocupados, trabalhando dentro da lei!
*Caio Penido é empresário, produtor audiovisual e rural na região do Vale do Araguaia, em Mato Grosso, e presidente do IMAC (Instituto Mato-grossense da Carne). Foi fundador da Liga do Araguaia, movimento que nasceu em 2015 visando a adoção de práticas sustentáveis e que em 2021 se tornou o Instituto Agroambiental Araguaia. (Ascom)
Confira Mais Notícias 6z2t2u

Pecuária terá melhora de preços nos próximos meses, avalia Guilherme Tonhá 19492e
14 May 2025
PJC investiga acidente entre Fiat Uno e carreta que resultou na morte de 2 pessoas, seguido de incêndio criminoso 3b4j6c
09 May 2025