Água Boa completa hoje, 48 anos de fundação - veja a história 2n1j61
ÁGUA BOA - Situado na região do Médio Araguaia, Água Boa tem hoje uma população estimada em cerca de 29.219 habitantes (IBGE). Foi fundada em 9 de julho de 1975 por agricultores vindos do sul do país. O município foi emancipado em 26 de dezembro de 1979. A cidade completa 48 anos de fundação.
Sua economia baseia-se na agropecuária, indústria, comércio e na prestação de serviços. Na agropecuária destacam-se as culturas de soja, milho, gergelim, arroz, reflorestamento e pecuária de corte, entre outras. É referência em comercialização de bovinos, sendo sede do maior leilão de gado do mundo.
Planta 220 mil hectares com soja e 60 mil hectares com milho. Tem 330 mil cabeças de gado.
O maior evento do município é a Expovale - Exposição Agropecuária do Vale do Araguaia, que acontece sempre na semana do aniversário do município.
Água Boa teve origem em um ponto de abastecimento de água em um córrego à beira da estrada hoje BR-158. Foi inicialmente habitada por etnias indígenas hoje desaparecidas como Tsuvá e Marajepéi. Posteriormente índios da etnia Xavante chegaram à região. Em 1673 a região foi explorada pelo bandeirante Manoel de Campos Bicudo em busca de ouro.
A primeira iniciativa governamental de ocupar a região foi a Expedição Roncador-Xingu, através da Fundação Brasil Central, que tinha como um dos objetivos procurar um lugar mais seguro para, em caso de necessidade, transferir a capital da República para o interior. A Expedição realizada na década de 1.940, adentrou o município de Água Boa, seguindo pelo traçado atual da BR-158 do Rio Areões até a região central do município. Daqui a expedição seguiu para o Garapu e Rio Culuene. A Expedição foi responsável pela identificação do Rio Sete de Setembro, bem como da construção de um campo de pouso no Garapu.
Durante as décadas de 50 e 60 a política de ocupação do governo foi a doação de áreas de cerca de 10.000 ha para produtores e empresários do sul e sudeste do país. Grande parte do município ficou sob domínio de Alfredo Floriano Toneto, fazendeiro gaúcho, e outras pessoas de seu grupo.
Naquela época muda-se para o Vau dos Gaúchos, o primeiro morador da região. Paulo Jacob Thoma chegou aqui em 15 de Setembro de 1958. A partir do final da década de 60 o governo ou a incentivar a vinda de grandes empresas, que instalaram as Fazendas Suia-Missú, Brasil, Guanabara, Saudade, Taquaral, Alvorada, Bonança, Cedro, Santa Maria e outras.
Em 1970 é realizado o primeiro projeto de colonização no Vau dos Gaúchos, através da COMAGRA - Comercial Agrícola e Colonizadora Ltda, constituída pêlos sócios Ernesto Martinho da Cruz, Floriano Toneto e Paulo Juarez Pereira, com o apoio de Olmeri Barcelos de Carvalho.
Devido aos problemas fundiários existentes no sul do país, produtores da região de Tenente Portela/RS, se organizaram, sob a liderança do pastor Luterano Norberto Schwantes, através da COPERCOL - Cooperativa de Colonização 31 de Março Ltda, para colonizar as terras.
Em 1972 começou o projeto de colonização Canarana I, com amplo apoio do governo através dos financiamentos do Proterra e Polocentro. Em 1974 a COPERCOL realizou o primeiro projeto de colonização no município de Água Boa, o Garapu I, e em 1975, foram implantados os projetos Água Boa I e Água Boa II, cuja agrovila formada é a atual sede do município.
Boa parte dos colonos destes dois projetos vieram da região de Não Me Toque/RS. Posteriormente vieram os projetos Areões, Serra Dourada, Água Boa III, estes dois últimos com a CONAGRO (empresa criada por Norberto Schwantes para realizar a colonização). Mais tarde, projetos particulares como o Jaraguá, Visão e Princesa.
A partir da colonização a principal atividade econômica do município ou a ser a cultura do arroz. Para auxiliar o processo produtivo foi criada a COOPERCANA - Cooperativa Agropecuária Mista Canarana Ltda que embora sendo uma iniciativa dos colonos de Água Boa a a atuar em toda a região. Esta primeira fase é de muitos sacrifícios, devido as dificuldades por falta de estradas, pontes, comunicação, habitação, saúde e outras necessidades. Em 26 de dezembro de 1979 foi promulgada a Lei n° 4.166 que eleva Água Boa, até então distrito de Barra do Garças à categoria de município.
A partir do início dos anos 80, com a descoberta de jazidas de calcário em Cocalinho, teve início o cultivo da soja. A década de oitenta a por um período de grande desenvolvimento com a implantação e expansão da cultura da soja e do arroz. No final deste período a área plantada do município já era de 60.000 ha.
Neste período também se implantou grande parte da infraestrutura básica do município, como asfalto na BR-158, telefone, armazéns, escolas, prédios públicos, e energia elétrica na fase inicial. No final da década de 80 e início dos anos 90 teve início um processo de ocupação de áreas por posseiros na Serrinha, Jatobazinho, Borecaia e Santa Maria. Isto mudou o perfil populacional e fundiário do município. Com a regularização destas áreas pelo INCRA e implantação de novos assentamentos como o PA Jaraguá, o município a a contar com maior presença da agricultura familiar nos assentamentos.
O ano de 1989 é marcado pelo início da crise. Os planos econômicos atingem em cheio a agricultura, principalmente a cultura da soja. Com o endividamento, muitos produtores venderam suas terras, a área plantada diminuiu e a economia municipal entrou em recessão. Em meio e esta crise, afloram os problemas istrativos da Coopercana, que entra em regime pré-falimentar. Nesta época começam a chegasr os primeiros paulistas para o município, atraídos pela imagem da cidade e pelas terras baratas para a criação de gado. A pecuária a então a ser uma das atividades mais importantes do município. Água Boa a a ser o município com o maior rebanho bovino da região.
A partir do início deste século com a melhoria dos preços da soja, a agricultura a a ter acelerado crescimento. Água Boa destaca-se como referência em comercialização de bovinos com o maior leilão de gado do mundo, da Estância Bahia. Consolida-se como Polo Regional com a implantação das regionais de vários órgãos públicos (Sine, Polo Regional de Saúde, Justiça do Trabalho, Justiça Eleitoral, Comando Regional das Polícias Civil e Militar, Funai, entre outros).
Água Boa é constituída por uma formação de planalto denominada Serra do Roncador, pela planície denominada Depressão do Araguaia e por planícies da bacia do Xingu. O relevo predominante é suavemente ondulado, ocorrendo em menor escala o relevo plano e ondulado, com poucas montanhas.
O solo predominante no município é o Latossolo Vermelho Amarelo entre 20 e 40% de argila. Também são encontrados Lateríta Hidromórfica, Solos Concrecionários, Latossolo Vermelho Escuro, Areia Quartzosa entre outros.
O Regime Pluviométrico é caracterizado por um período de secas de maio a setembro e um período das águas ou das chuvas de outubro a abril. No mês de janeiro ou fevereiro costuma ocorrer um veranico. A precipitação anual no século ado era acima dos 2.400mm, porém nas últimas décadas, houve declínio dos números para menos de 1.800mm.
Em Água Boa a cobertura vegetal é constituída basicamente pela vegetação do Cerrado. Em algumas áreas ocorrem matas mais fechadas, principalmente margeando córregos e rios. Dentre as espécies mais comuns figuram o pau-terra (Qualae parviflora), bananeira-de-campo (Salvetia convallariodora), quina-do-campo (Strychnos pseudoquina), sucupiras (Bowdichia sp e Pterodon sp), carvoeiro (Sclerolobiun sp), lixeira (Curatella americana), Angelin-de-morcego (Andira sp) e Ipê-Caraíba (Tabebuia caraiba), além de outras.
Água Boa está situada sobre a Serra do Roncador, que serve de divisor de águas das bacias dos Rios Araguaia (leste) e Xingu (oeste). A Bacia do Araguaia é constituída pelo Rio das Mortes que drena toda a porção leste, desenvolvendo o seu curso no sentido norte-sul. Dentre os seus principais afluentes sobressaem os Rios Borecaia, Areões, Água Suja e Curuá.
O Rio das Mortes caracteriza-se como rio de planície e constituirá no futuro importante via de navegação a partir do início dos trabalhos da Hidrovia Rio das Mortes-Araguaia. Integram a Bacia do Xingu, os rios Couto Magalhães (afluente do Culuene), e Sete de Setembro.
Em colaboração Ascom, Eduardo Gomes de Andrade, Wikipédia, Projeto Memórias, depoimento de pioneiros/Rádio Interativa/Inácio Roberto Luft)
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